Palana define “reforma íntima como sendo um esforço que o indivíduo aplica em si mesmo para domar as más tendências e com isso elevar-se moralmente”.
Para domar as más tendências, o primeiro e significativo passo é a auto-estima que se traduz em gostar e respeitar a si mesmo como ser humano.
No tocante ao ser (Espírito ou alma) que interage consigo e com o universo através do pensamento, não há outra alternativa melhor nesse processo do que policiar e cultivar bons pensamentos. Todo pensamento cria realidade que somatiza no corpo físico, causando bem ou mal-estar como doenças psicossomáticas e espirituais conhecidas respectivamente como estresse, pânico, depressão e obsessão.
Depois da auto-estima é o autoconhecimento. Quem não se conhece, não conhece a ninguém, nem mesmo a Deus. Nesse particular, o ser humano, por vezes, é muito contraditório, porque não acredita na sua capacidade, tampouco nas suas qualidades. Prestemos atenção em um detalhe que já foi aplicado como experiência.
Reuniram-se em uma mesma sala 30 pessoas, cada qual com uma folha de papel em branco e uma caneta. Cada uma deveria escrever em 10 minutos o maior número de virtudes que ela possuísse. Foram observadas muitas dificuldades. A grande maioria passou o tempo procurando e não encontrou uma sequer.
Mudou-se o enfoque da pesquisa. Em três minutos deveria explicitar alguns dos seus defeitos. A que menos encontrou escreveu 10.
Por que isso acontece? Mormente os indivíduos esquecem os ensinamentos de Jesus, o Cristo, quando ensinou à humanidade a autoconfiança, conscientizando as pessoas e afirmando: “Sois deuses. Sois luzes. Sois o sal da Terra. Podereis fazer o que faço e muito mais se quiserdes”.
Portanto, domar as más tendências é uma questão de reforma íntima, autoconhecimento e autoconfiança.
Quanto à elevação moral, sua origem está na educação equilibrada, dada pelos pais aos seus filhos. Para os materialistas, ela começa no berço. Alguns espiritualistas advogam que é no ventre materno, enquanto os espiritualistas reencarnacionistas, dentre outros os espíritas, afirmam que é muito antes da fecundação.
Seja quando for, o certo é que os genitores devem saber que educar filhos não é uma simples obrigação ou missão. É muito mais do que isso. É um dever sagrado e inalienável que passa pela reforma íntima dos co-criadores com Deus, para servir de exemplo aos seus rebentos.