Show "Para Aquecer os Corações" com Plínio Oliveira


Dia 19 - 20h30min - São José do Rio Preto
Show "Para Aquecer os Corações" com Plínio Oliveira
Teatro Municipal de S. J. do Rio Preto/SP
Av. Brigadeiro Faria Lima, 5381
Convite Individual: 20,00.

(Renda em benefício do Lar Esperança de São José do Rio Preto)
Visite o Site Oficial: Plínio Oliveira - Cantor da Paz

16º EMERJ

Participe do Encontro de Mocidades!!!

Acontece dia 12/07 às 8:30hs o EMERJ - Encontro de Mocidades Espíritas Regional de Jales com Ana Jaicy Guimarães (Rio de Janeiro/RJ) e abertura do evento com o cantor e orador Wanyr Caccia de São Paulo/SP.


Inscrições até 08/07/2009

com Denise e Luiz pelo e-mail:


pelo fone:(17) 9704-5572 e 3621-6530.

Mensagem

AJUDE SEMPRE

Diante da noite, não acuse as trevas. Aprenda a fazer lume.

Em vão condenará você o pântano. Ajude-o a purificar-se.

No caminho pedregoso, não atire calhaus nos outros. Transforme os calhaus em obras úteis.

Não amaldiçoe o vozerio alheio. Ensine alguma lição proveitosa, com o silêncio.

Não adote a incerteza, perante as situações difíceis. Enfrente-as com a consciência limpa.

Debalde censurará você o espinheiro. Remova-o com bondade.

Não critique o terreno sáfaro. Ao invés disso, dê-lhe adubo.

Não pronuncie más palavras contra o deserto. Auxilie a cavar um poço sob a areia escaldante.

Não é vantagem desaprovar onde todos desaprovaram. Ampare o seu irmão com a boa palavra.

É sempre fácil observar o mal e identificá-lo. Entretanto, o que o Cristo espera de nós outros é a descoberta e o cultivo do bem para que o Divino Amor seja glorificado.


pelo Espírito André Luiz, Do livro: Agenda Cristã, Médium: Francisco Cândido Xavier, Edição de Bolso. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1999.

ARTIGO

A INDULGÊNCIA É LUZ

por Adelvair David - addavid@ig.com.br
Publicado no jornal “Folha Noroeste” da cidade de Jales-SP, em 20-06-09

A indulgência não é apenas a capacidade de conviver com as limitações alheias. É antes de tudo, um exercício de autoconsciência; é a busca da compreensão de si mesmo através do outro.
Pela dificuldade de aceitar-se, a pessoa tende a julgar e condenar tudo e todos que de alguma forma não vive como acredita ser o ideal.
O excessivo rigor em ressaltar as mazelas dos que vai encontrando pelo caminho, atesta que o denunciante traz na sua natureza espiritual desejos e anseios semelhantes àqueles que condena, apresentando postura puritana e hábil no próprio comportamento, com uma alma cheia de angustias, conflitos e incertezas, que necessita de urgente direcionamento.
O homem pleno é compreensivo e ponderado, pois que, não se vendo refletido nas imperfeições dos outros – embora ainda as possua – guarda a certeza de estar trabalhando para o seu crescimento, aceitando-se como é, aspirando ser melhor.
Quando se convive com os contrastes nos vários comportamentos humanos, aumentam-se as chances de avaliar, experimentar e identificar o progresso pessoal realizado e onde ainda existe a carência de melhoria.
Mais do que conviver em harmonia com todos, a indulgência é um aferidor de caráter, de valores. A maioria dos homens nobres de todos os tempos, ofereceu numerosas lições para o engrandecimento da humanidade, contudo, foi e é pelo grande coração, pela piedade e compaixão com que acolheram e acolhem o ser humano, que a caridade alcança o seu verdadeiro caráter, o de elevar os filhos de Deus a se reconhecerem como irmãos, que o são.


A INDULGÊNCIA É LUZ ACESA A ILUMINAR O PRÓPRIO CORAÇÃO.

Reflexões

DESILUSÃO
Emmanuel


Toda desilusão é um aviso e qualquer forma de desânimo é um veneno sutil. Não percas tempo com lamentações estéreis. Guarda a fé em Deus e em ti mesmo, caminhe adiante e o tempo te responderá.

Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

A Verdadeira Oferta


A única caridade que podemos fazer aos nossos irmãos espíritos doentes em nossas reuniões, é lhes ofertar o nosso respeito às suas necessidades.

Alardeando em cantos, pontos e apetrechos externos, disfarçamos o que não temos para dar.

A serenidade, a bondade, aliados à mais pura orientação do codificador é o mais honesto sacrifício, a mais efetiva oferta que devemos almejar, em se tratando de uma reunião onde nos propomos a receber aqueles que carecem de socorro real, não simbólico, ritualístico, mas singelo, onde uma palavra tem o poder de devolver a esperança e a coragem para prosseguir.

Aquele que aprende no silêncio e nas mãos ocupadas sem exigências a encontrar o Senhor, terá na alma um lugar de repouso para o desvalido descansar.

Sejamos simples e procuremos em Kardec e Jesus as forças para prosseguirmos em constante servir.

Paz a todos!
Equipe de Bezerrra.

(Página recebida na Associação Espírita Bezerra de Menezes - Jales, no dia 24/04/09).

Encontro

9º Encontro Regional de Pais, Evangelizadores,
Educadores e Juventude Espírita
Tema: A Arte na Evangelização do Espírito

Expositor: Moacyr Camargo
Dias 06 e 07 de Junho de 2009
Programação:
Dia 06 - sábado
14:00 às 18:00 hs - Palestra
18:00 às 19:30 hs - Apresentação Musical
Dia 07 - Domingo
07:30 hs - café da manhã
08:30 hs - reinicio do seminário
12:30 hs - encerramento
Local: Associação Espírita Cirinéia
Rua: Nabor Meudes, 448 - São Deocleciano III
São José do Rio Preto/SP
Taxa de inscrição: R$ 10,00
Inscrições pelos fones:(17) 3212-5215
(17) 9162-1009 -
Walter(17) 9703-7414

ARTIGO

FAÇAMOS LUZ


por Adelvair David - addavid@ig.com.br



Porque o espanto e o alarde em relação ao mal que possamos sofrer? Em nós e nas nossas casas espíritas?; Não há nada de extraordinário nisto, como querem alardear alguns. Sempre foi assim... Jesus já nos advertia; Allan Kardec nos elucidou a obsessão; André Luiz nos mostrou na prática onde e como ela se processa...
Disse-nos Jesus: "Brilhe a vossa luz"!; Ensinou-nos Allan Kardec: " (...) é preciso fazer grandes esforços para domar nossas más tendências"!; Mostrou-nos André Luiz: "A hipertrofia do sentimento é mal comum em quase todos nós"!.Portanto, não é com informações fantasiosas, cheias de misticismos, desprovidas da mais singela lógica e que fere a razão, que iremos combater qualquer assédio possível de nos alcançar.Só podemos ter um entendimento a respeito disto, o que nos ensinou aquele que está acima de qualquer espírito ou autoridade nesta terra, a afirmativa do Mestre Jesus: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei". Não existe trabalho, atividade espiritual, ritual ou qualquer outra parafernália que possamos utilizar que terá mais poder que o amor, como Ele nos ensinou. Se existe um mal, ele está dentro de nós, porque tudo o que nos alcança só o faz porque encontra ressonância em nossa intimidade.Estudemos as obras básicas da Doutrina Espírita e busquemos em André Luiz, que pelas mais respeitáveis mãos mediúnicas do Planeta de todos os tempos, deixou-nos um legado lúcido para o nosso crescimento e transformação.

Pedagogia

A Pedagogia Espírita
(Dora Incontri)

- A pedagogia espírita pode e deve ser praticada com pessoas (sejam crianças, adolescentes, jovens, adultos) de qualquer credo ou visão de mundo. A pedagogia espírita é uma visão da educação, é uma proposta diferenciada de praticá-la. Não significa, necessariamente, ensinar o conteúdo espírita. Esse conteúdo só deve ser ensinado àqueles que assim o desejarem. Refiro-me à escola, que é um lugar que deve acolher pessoas de qualquer origem ou religião.

- A pedagogia espírita está entranhada nas obras de Kardec e tem sua origem nos antecessores do Espiritismo, que são os grandes pedagogos que antecederam o Mestre de Lyon. Na Antiguidade, Sócrates e Platão, depois Comenius no Século XVII e Rousseau e Pestalozzi, todos eles deram contribuições importantes que desembocam numa proposta espírita de educação, mas a prática da pedagogia espírita começou no Brasil com Eurípedes Barsanulfo, em Minas Gerais, no começo do Século XX, depois vieram outras experiências e outros teóricos, entre eles Herculano Pires, que foram dando suas contribuições para a elaboração de um pensamento pedagógico espírita. Atualmente, cabe-nos sistematizar melhor todas as idéias esparsas e darmos corpo à pedagogia que deve formar o homem do futuro.

- A pedagogia espírita deve formar um homem novo e a escola espírita deve ser uma escola completamente revolucionária, rompendo com o sistema vigente, pois a educação tradicional já não atende as necessidades do homem à beira do terceiro milênio. A escola deve ser antes renovadora do que reprodutora do Status Quo.

- A liberdade é uma das facetas essenciais da pedagogia espírita. Pestalozzi, em Yverdon, praticava essa liberdade de ação em que as crianças podiam escolher atividades e até poderiam entrar e sair do castelo à vontade. Nos EUA, na década de 30, outra experiência interessante, a do padre Flanagan, também mostrou que a liberdade é fator preponderante inclusive na recuperação de crianças e adolescentes considerados delinqüentes. Flanagan fundou a cidade dos meninos, onde os próprios adolescentes geriam a comunidade, trabalhavam e tinham plena liberdade de entrada e saída. No caso de Summer Hill, o fator liberdade é bastante elogiável, mas do meu ponto de vista faltou a Neil a afetividade e a concepção espiritualista que tanto Pestalozzi quanto Flanagan possuíam, porque a preponderância moral de ambos garantia que a liberdade tivesse um resultado positivo.

- De maneira bem pragmática: enquanto permanecerem carteiras enfileiradas com uma lousa na frente, as crianças sentadas, passivas, apenas ouvindo falar coisas que elas não sabem de onde vem, nem para que servem e nem se algum dia vão usar; a escola estará formando pessoas sem iniciativa, sem espírito crítico, sem ímpeto de liderança, e sem possibilidade de mudar o mundo. A escola precisa mudar para formar pessoas que possam mudar as coisas.

- Ninguém aprende a ser responsável apenas obedecendo ordens. Ninguém aprende a agir moralmente agindo sempre sob coerção. A virtude moral só pode brotar da livre escolha do indivíduo. Aliás, a própria pedagogia Divina age assim conosco, ela nos deixa aprender com nossos próprios erros, para alcançarmos a moralidade no clima da liberdade. - Em primeiro lugar, a pedagogia espírita reconhece que estamos sempre lidando com uma vontade livre quando lidamos com o educando. O que o educador pode e deve fazer é convidar, contagiar, estimular, despertar essa vontade para que ela se assuma no sentido da evolução moral e intelectual. Quanto maior o amor, a doação, o desinteresse, a abnegação do educador, maior poder ele terá de conquistar a adesão livre do educando para que ele mesmo promova a sua auto-educação.

- É verdade que a escola deve recuperar a alegria, a vitalidade, o estímulo e deixar de ser essa prática chata e monótona de que nenhuma criança gosta. Entretanto, o educador não pode ser coercitivo, mas deve se empenhar para despertar um processo de aprendizagem prazeroso, porém sério e produtivo.

- Desde Rousseau sabemos que uma das exigências mais prementes para a educação é conectar o homem novamente com a natureza. Tanto é que considero uma escola espírita, nos moldes aqui discutidos, necessariamente, cercada de verde, com aulas ao ar livre, com espaço vital para que a criança possa se expandir e interagir com a Natureza. - O construtivismo está muito em voga no Brasil como se fosse uma grande novidade pedagógica. Entretanto, ele vem desde o tempo de Sócrates e Platão passando por Rousseau e Pestalozzi. A idéia central do construtivismo é a de que o indivíduo constrói o seu próprio conhecimento e só pode fazê-lo através da ação. Essa idéia é absolutamente verdadeira. Mas o construtivismo geralmente aplicado e estudado entre nós é um construtivismo materialista, porque é baseado em Vigotsky e Piaget, ao passo que o construtivismo desses outros autores que antecederam o Espiritismo é um construtivismo espiritualista. Poderíamos, portanto, dizer, a grosso modo, que a proposta de pedagogia espírita é um construtivismo espiritualista.

- É muito importante que todos os recursos tecnológicos sejam usados para que a idéia espírita brilhe na sua proposta pedagógica e cultural. É fundamental que tudo aquilo que divulgarmos para o mundo não tenha um caráter puramente religioso e nem caia numa linguagem excessivamente mística. É verdade que o Espiritismo tem a sua dimensão religiosa, mas ela é parte integrante de um todo mais abrangente. - Antes de tudo, o educador deve ser aquele que exemplifica e contagia o educando. O exemplo arrasta e as palavras somem ao vento.

Texto

A Maior Marca de Ser Humano


Por André Gandolfo

andregandolfotenor@hotmail.com

A Ciência diz que nós somos muito semelhantes aos animais. Porém, há alguma coisa a mais que nos difere deles. Seria talvez a pinça que conseguimos formar com o indicador e o polegar, porque nenhum animal pode fazer isso. Seria talvez a razão, a inteligência? Sim talvez. Mas, há uma marca no ser humano que supera todas as outras: a Marca da Generosidade. É a capacidade que o ser tem de dar, ou doar daquilo que já possui para outrem que não o tem. Mas abrimos espaço a um parênteses: a generosidade só é generosidade quando brota dos sentimentos de amor e compaixão. Se ao realizarmos um ato não desprendermos algo de nós mesmos e impregnarmos neste ou naquele serviço o que não é doação, se torna obrigação e imposição, que flui do abismo da nossa ignorância, do nosso melindre, ódio, mágoa e por aí a fora. Quando um ante querido parte e desejou que seus órgãos fossem doados a alguém que os necessitasse e estes órgãos vão parar em pessoas que não conhecemos e temos a chance de salvar sua vida, é a prova viva de gratidão. Daí recordamos as sábias palavras que nos faz reflexionar: “Dá de graça, o que de graça recebeste”. A Força do Amor-Generosidade é uma força que supera as compreensões da matemática. Pois é algo que quanto mais você divide mais se multiplica. A generosidade é uma fonte fecunda.
"Não olvides que caridade é o coração no teu gesto."
Meimei

Reflexões

COMPETIR E COMPARTILHAR

por Adelvair David - addavid@ig.com.br



Competir em princípio é instinto; está na natureza dos seres. Aperfeiçoa as espécies, garantindo-lhes entre outros fatores a sobrevivência. No homem lhe aprimora as aptidões físicas e intelectuais, desenvolvendo-lhe capacidades latentes, conferindo-lhe coragem e determinação para superar os próprios limites.

Competir é apresentar o seu potencial, fruto dos seus esforços, estudo, trabalho e dedicação, e só é negativo quando se abandona esta idéia para ver no outro um oponente, um adversário, mais ainda, um rival.

O conceito de que aquele que ganha em qualquer modalidade ou atividade humana é o melhor, é errôneo; sempre existirá um que superará o outro; o ganhador apenas mostra que naquele momento estava mais bem preparado para o intento. Quem alcança primeiro assume grande responsabilidade; deveria estar ciente de que não é o melhor, mas sim o que pode oferecer mais, estando mais desenvolvido naquela proposta que os seus iguais; deve sempre estender as mãos auxiliando, compreendendo que, quem tem mais deve dar mais. Afinal, disse-nos o mestre e Senhor Jesus: “(...) muito se pedirá àquele que muito recebeu.”

Compartilhar é mais do que dividir, é disponibilizar o bem que se possui para quem pouco ou nada tem; é oferecer-se prestativo para ensinar, orientar, educar; sentimento contrário ao egoísmo; dá sentido à vida de quem tem para se tornar alguma coisa ou a única opção de quem carece ter.

Compartilhar jamais será o ato de submeter-se, mas sim de participar junto, colocando em comum os valores amealhados no processo de crescimento moral, intelectual e espiritual; é ser probo, consciencioso.

Se o que se possui está acondicionado em celeiros íntimos ou exteriores inúteis, ouçamos o conselho da parábola: “(...) néscio, para quem ficará o que amontoaste?”

A única forma de perpetuar o que se tem é dividindo, para que fique no coração de quem recebeu para sempre.


É PRECISO CONQUISTAR COM AMOR, PARA COMPARTILHAR LIVREMENTE.

Artigo

Abaixo a cultura do gato de botas

Jane Maiolo


É comum realizarmos junto às crianças leituras que possam despertar ou mesmo desenvolver valores morais ligados ao seu cotidiano escolar, social e familiar. O compositor compõe uma música, e a sua obra está terminada. O escultor cinzela o seu mármore , a sua argila e um dia sua obra já acabada realça a beleza desejada por ele, o arquiteto desenha, projeta, trabalha para que a construção carregue sinais de seu talento. Assim também ocorre com o ofício de professor.Ele compõe suas aulas, cinzela com perfeita harmonia sua proposta pedagógica e espera como tantos outros profissionais ver seus sinais no comportamento dos alunos.
A questão moral é perfeitamente ligada à questão educacional, pois impossível conviver 200 dias letivos com crianças sem deixar algo de nós, e digo, o melhor de nós.

Há algumas obras literárias, contos, clássicos que considero altamente destrutivos dos valores morais e comportamentais que desejamos desenvolver,principalmente na Educação Infantil e Ensino Fundamental.
Um exemplo é a obra João e o pé de feijão, na qual o personagem principal coloca para ferver um caldeirão com água e despeja sobre o Gigante aniquilando-o , assim com tranqüilidade.
Na obra O Gato de botas outro absurdo,vemos um gato metido a espertalhão matar, trair ,enganar , mentir, usando artimanhas desonestíssimas para que se dono se de bem na vida,ou seja, a qualquer preço.
Gostaria mesmo que tais obras, na sua grande maioria traduções estrangeiras,fossem esquecidas ou relegadas para outros fins, que não os pedagógicos.
Escolher livros que tragam valores que possam enriquecer a conduta, comportamento e sentimento dos alunos é primordial nos dias atuais, quando cada vez mais estamos acuados, ameaçados, roubados e amedrontados por uma onda de criminalidade infanto-juvenil.
Alguns são apenas crianças ou adolescentes e já fazem roubos, planejam crimes com requintes de sabedoria.
Não reforcemos as tendências negativas que muitos já apresentam, mas que procuremos arduamente estabelecer valores como fraternidade,solidariedade, respeito,dignidade, honradez aos nossos alunos.
A Educação e principalmente os professores podem fazer a opção de formar Homens de Bem.
Urge atender e aceitar a proposta, que não é apenas pedagógica, para a renovação da geração que ai está chegando.


Profª da Rede Municipal de Ensino de Jales
Formada em Letras pela UNIJALES e
Pós-Graduada em Psicopedagogia pela F.E.F.

Ação



Promoção Fraterna

A Asosciação Espírita Bezerra de Menezes de Jales está promovendo um evento para arrecadar fundos relacionados a adequação do prédio as intalações de incêndio. A promoção é Bobó de Frango que será realizado no dia 19 de Abril . Os ingressos estão disponíveis pelo fone: 17 3621 - 6570.



A.E.B.M.

Texto


TEXTO ANTIDEPRESSIVO


Quando você se observar, à beira do desânimo, acelere o passo para a frente, proibindo-se parar. Ore, pedindo a Deus mais luz para vencer as sombras.

Faça algo de bom, além do cansaço em que se veja. Leia uma página edificante, que lhe auxilie o raciocínio na mudança construtiva de idéias. Tente o contato de pessoas, cuja conversação lhe melhore o clima espiritual.Procure um ambiente, no qual lhe seja possível ouvir palavras e instruções que lhe enobreçam os pensamentos.

Preste um favor, especialmente aquele favor que você esteja adiando. Visite um enfermo, buscando reconforto naqueles que atravessam dificuldades maiores que as suas. Atenda às tarefas imediatas que esperam por você e que lhe impeçam qualquer demora nas nuvens do desalento.

Guarde a convicção de que todos estamos caminhando para adiante, através de problemas e lutas, na aquisição de experiência, e de que a vida concorda com as pausas de refazimento das nossas forças, mas não se acomoda com a inércia em momento algum.


ANDRÉ LUIZ

Aconteceu!

Aconteceu neste final de semana o 1º Encontro Regional de Evangelizadores, Pais e Educadores Espíritas, na casa espírita Benedita Fernandes - Jales. O evento contou com a participação do expositor espírita Walter de Oliveira Alves da cidade de Araras SP. Estiveram presentes 16 casas espíritas de nossa região:

Grupo Fora da Caridade Não há Salvação (Olímpia)
Grupo Caminheiros do Bem (Auriflama)
Grupo Comunidade Espírita Cristã Esperança (Fernandópolis)
Grupo Chico Xavier (São Francisco)
Grupo Raimundo Mariano Dias (Birigui)
Grupo Allan Kardec (Palmeira d' Oeste)
Grupo João Batista (Palmeira d' Oeste)
Grupo Maria de Nazaré (Votuporanga)
Grupo Abrigo dos Aflitos (Fernandópolis)
Grupo Caminho de Jesus (Araçatuba)
Grupo Benedita Fernandes (Jales)
Grupo Bezerra de Menezes (Jales)
Grupo Pátria do Evangelho - Meimei (Fernandópolis)
Grupo A Caminho da Luz (Jales)
Grupo Caibar Shutel (Ilha Solteira)
Grupo Maria Dolores (Jales)

Nós tivemos a presença do presidente da U.S.E. Regional Jales, sr. Durval Teodoro. A participação foi da cerca de 70 pessoas, entre evangelizadores, pais e professores. O Encontro ocorreu num clima muito envolvente de amor e de paz.

Seminário


SEMINÁRIO “A ORAÇÃO E A TRILOGIA DA CARIDADE COMO MÉTODOS TERAPÊUTICOS”, CUIABÁ, MT
Material Divulgação – AME-MT



(Benevolência, Indulgência e Perdão)

Local: SENAI PORTO, SITO À AV. XV DE NOVEMBRO, S/N

Período: Sábado: 08:00 ÀS 18:00 - Domingo: 08:00 às 12:00h -

Cuiabá/MT


Idade Mínima: 15 ANOS - Max Inscrições: 500

Inscrições: ABERTAS


PARTICIPAÇÕES:
João Neves

PROJETO MANOEL PHILOMENO DE MIRANDA


Edivaldo Roberto de Oliveira

LAR FABIANO DE CRISTO/CAPEMI


Roberto Lúcio Vieira de Souza


Vice Presidente -AME/BRASIL


Venha participar deste magnífico Seminário.Inscrições gratuitas no site

www.ame-mt.org.br a partir de 20/02/09 a 31/03/09


Contamos com sua presença.

Artigo

O Livro dos Espíritos
Uma Porta Entre o séc. XIX e o XXI

por Plínio Oliveira

Sempre que penso no Livro dos Espíritos de Kardec, reflito muito sobre o contexto histórico, social e cultural em que a obra surgiu. De fato, é impossível compreender qualquer idéia fora do espírito do seu tempo.
Na década de 1850 ainda não havia luz elétrica (a primeira central surgiu em 1850, em Londres, à carvão, e tinha força para iluminar não mais que um quarteirão), não havia rádio, televisão, cinema, computador, internet, automóveis, aviões.
Era ainda o que a historiografia chamou de “Era Vitoriana”, menção à Rainha Vitória, que ampliou significativamente o colonialismo inglês.
A Europa pouco sabia das tradições religiosas das outras partes do mundo e, como efeito da noção vitoriana da supremacia racial do europeu sobre outros povos, sempre que se falava das crenças de não cristãos, era num tom de quase piedade, porque eram consideradas inferiores.
A Ciência engatinhava (e ainda engatinha).
Ainda não houvera Max Planc, Einstein, Freud ou Darwin e Karl Marx ainda não publicara “O Capital”, embora em 1848 já houvesse produzido o seu famosíssimo “Manifesto Comunista” ao lado de Engels.
Os Estados Unidos eram um país agrário, onde os desbravadores do Oeste andavam armados e chamavam os nativos daqueles territórios de “pagãos” ou “infiéis”.
No Brasil o Imperador lutava por introduzir o modo de vida europeu nos costumes brasileiros. Lembremos que antes da vinda da família real portuguesa para cá o idioma mais falado era o Tupi-Guarani. O português foi sendo lentamente absorvido, mas restaram muitas palavras como mandioca, Iguaçu, tapioca, peteca...
Foi num mundo assim, sem petróleo, sem chips, sem anestesia, e onde as instituições democráticas ainda estavam em formação, que Alan Kardec trouxe à luz uma obra cujo valor a história ainda não soube reconhecer, não apenas por tratar com seriedade de temas normalmente desprezados pelos religiosos e pensadores do seu tempo, mas principalmente por incorporar aspectos da verdade universal presentes noutras tradições religiosas, científicas e filosóficas, mas tidas como ingênuas ou exóticas pelo pensador europeu vitoriano.
O curioso é que esse caráter transdisciplinar de O Livro dos Espíritos não foi produto da pesquisa de campo de um estudioso de tradições orientais, como vemos acontecer muito nos dias atuais, mas da comunicação mediúnica de espíritos desejantes de reviverem o cristianismo primitivo – berço de verdades então esquecidas – que despertaram para o interesse dos religiosos ocidentais temas tão diversos como reencarnação, vida em outros planetas, intercomunicação com espíritos, corpos espirituais, realidade extra-física e muito mais.
O Livro dos Espíritos - e o Espiritismo como um todo - foi grande precursor de um tempo que ainda virá, onde, superados os limites que a tecnologia acabou por nos impor, veremos a verdade não mais como uma projeção de imagens numa tela de cinema a que assistimos passivamente, mas como a própria imagem da vida captada na retina de nossa alma.
Estudá-lo, apreciá-lo e cultivá-lo como um vigoroso marco de transformação do pensamento religioso ocidental é indispensável para aqueles que buscam a verdade.
Reconhecer sua transcendência, não obstante suas raízes oitocentistas, é forçoso para qualquer estudante de mente aberta.
O Livro dos Espíritos é um guia para quem deseja transpor a porta do século XIX para o XXI. Apenas se faz necessária a ressalva de que não o transformemos numa camisa de força conceitual, de modo a que, dentro de 100 ou 200 anos, seja necessário que venha um novo Kardec nos libertar de nossos dogmatismos.
É quase desnecessário dizer que, uma vez atravessada a porta, ainda haverá um longo caminho a percorrer.

Encontro de Espiritismo e Humanização

Encontro de Espiritismo e Humanização
Março - 2009

Em março de 2008 realizamos o nosso 1º HUMANIZAR. Foram momentos de reflexões, aprendizados e fraternidade. Queremos muito mais em 2009 e gostaríamos de ter você conosco.

PARTICIPE! Faça a sua
Inscrição.
Mais informações visite:

14º Retiro de Mocidade

O Retiro de Carnaval 2009 foi marcado com muita emoção. Foram 4 dias (sábado à terça, 21 à 24) que a Mocidade Espírita Ivan de Albuquerque da cidade de Jales, realizou mais um Retiro. No seu 14º encontro a a mocidade refletiu, encenou, estudou e iluminou-se num dos dias mais difíceis da humaidade, o Carnaval.
Confira os slides ao lado!

Seminário ao vivo

SEMINÁRIO "FALANDO COM OS ESPÍRITOS"
com Américo Luís Sucena de Almeida
AO VIVO


Américo Luís Sucena de Almeida é engenheiro, nascido e residente em São Paulo (SP), espírita desde 1965, vice-presidente da ADE-SP – Associação dos Divulgadores do Espiritismo de São Paulo, fundador e atual diretor doutrinário da Sociedade Espírita Mãos Unidas, na capital paulista.



O tema do Seminário é o de seu livro lançado recentemente, que aborda o atendimento de espíritos que se apresentam com dificuldades nas reuniões mediúnicas, a obra traz dicas, técnicas de atendimento e encaminhamento, sugestões de recepção e casos comoventes da experiência do autor, mostrando que o mais importante é liberar o desencarnado dos condicionamentos que travam seu raciocínio e percepção da nova realidade.

Não percam este Seminário que é de autoria de de Américo Sucena e iniciativa de transmissão da TV Alvorada, que tem como responsável a Sociedade Beneficente Bezerra de Menezes da cidade de Campinas/SP. Poderá fazer perguntas pelo MSN.
O Blog Amigo Espírita estará retransmitindo este evento ao vivo em nossa TV Amigo Espírita. Assitam!!!

SEMINÁRIO FALANDO COM OS ESPÍRITOS
COM AMERICO LUIS SUCENA
DIA 21/02 - SÁBADO ÀS 14:00 horas
DIA 22/02 - DOMINGO ÀS 8:30 (continuação)

Divaldo na Redetv!



Assista ao programa Transição, exibido pelo Redetv em HD, todos os domingos às 15:00. Apresentação: Delmar Franco.






Texto



PARA AUXILIAR


Seja onde for ou diante de quem for, compadece-te.

Ninguém se aproximaria de ti, no intuito de aumentar a carga dos próprios sofrimentos.

Há quem te busque na expectativa de obter uma fatia de pão ou alguma pequena parcela de teus recursos, no entanto, muito mais que semelhantes companheiros, outras criaturas te procurarão a companhia.

Esse amigo suposto privilegiado da fortuna, conquanto a conversação amena com que se distingue, aguarda de ti essa ou aquela frase de reconforto, em vista de trazer o coração retalhado de angústia diante da esposa, a exigir-lhe separação; outro que conseguiu engajar-se no poder, em dialogando contigo, indiretamente, roga-te palavras de amparo que lhe balsamizem as enfermidades ocultas; e ainda outro que se te afigura inteligente, mas frívolo, escuta-te as impressões em torno desse ou daquele assunto, ansiando receber-te algum apontamento que lhe arranque as idéias de delinqüência.

A mulher que te surge, à frente, adornada em excesso, estará procurando algum argumento que lhe evite a queda nas teias do suicídio e aquela outra que se te mostra, algumas vezes, maquilada em demasia, jaz talvez no serviço sacrificial com que mantém um filho no sanatório.

Ouve os que te busquem a presença ou a palavra, com bondade e simpatia.

Não te fixes no que te parece; medita naquilo que provavelmente se encontra por trás das circunstâncias a esmolar-te auxílio e comiseração.

Dispõe-te a compreender, a fim de que possas auxiliar.

Compadece-te de teus pais, de teus filhos, de teus irmãos, de teus amigos e adversários.

Conta-se que o Apóstolo João, o Evangelista, despendeu dilatados janeiros pesquisando as expressões exatas com as quais pudesse explicar a natureza de Deus, mas, em seguida, a esforço longo e gigantesco, encontrou a procurada definição nestas três palavras:- "Deus é Amor."

pelo Espírito Meimei - Do livro: Sentinelas da Alma, Médium: Francisco Cândido Xavier.

O Mundo Melhor

Pense nisso!...

A AME de São Sebastião do Paraíso, MG, convida à todos para um show com


Plínio Oliveira

o cantor da paz


Dia 7 de março de 2009, sábado às 20 horas
Teatro Municipal "Sebastião Furlan"
Praça dos Imigrantes, 100 - São Sebastião do Paraíso

Entrada Franca


Haverá venda de CD´s no local.
Lançamento do CD Book "Os Caminhos do Amor"
em parceria com Divaldo Pereira Franco.

Motive-se!


"Como um pássaro cantando na chuva,
deixe memórias agradáveis
sobreviverem em tempos de tristeza."

(Robert Louis Stevenson)

Aconteceu

Palestra "A Dinâmica do Perdão"
com Richard Simonetti

No dia 09/02, o palestrante e expositor espírita Richard Simonetti esteve na cidade de Jales, no G.E.U.C.E. (Grupo União Espírita Caminho da Esperança).


Richard Simonetti é de Bauru, Estado de São Paulo. Nasceu em 10 de outubro de 1935. Filho de Francisco Simonetti e Adélia M. Simonetti. Casado com Tânia Regina M. S. Simonetti. Tem quatro filhos: Graziela, Alexandre, Carolina e Giovana.Participa do movimento espírita desde 1957, quando integrou-se no Centro Espírita "Amor e Caridade", que desenvolve largo trabalho no campo doutrinário de assistência e promoção social. Articulou o movimento inicial de instalação dos Clubes do Livro Espírita, que prestam relevantes serviços de divulgação em dezenas de cidades.É colaborador assíduo de jornais e revistas espíritas, notadamente "O Reformador", "O Clarim" e "Folha Espírita". Funcionário aposentado do Banco do Brasil, vem percorrendo todos os Estados brasileiros e alguns países em palestras de divulgação da Doutrina Espírita.


Confira as fotos do Evento:

Apresentações iniciais de Richard




Momento da Palestra
Autógrafos


Visite: http://www.richardsimonetti.com.br/

Artigo

Ética, franqueza e felicidade

Por Jane Maiolo
janemaiolo@bol.com.br


Muitas vezes, nós seres humanos somos convidados ou mesmo convocados pela vida, a experienciar situações que nem sempre são eleitas em nosso coração como as melhores.
Somos criaturas plenamente afetivas e quando nos deparamos com esses turbilhões de sentimentos e emoções , somos obrigados a prestar contas revelando toda nossa intimidade e nem sempre conseguimos ser éticos, justos, francos diante dos desafios.
A franqueza, segundo o filósofo Victor Hugo não consiste em dizer tudo o que se pensa, mas em pensar tudo o que se diz.
Viveríamos num mundo melhor se realmente pensássemos antes de falar, agirmos ao invés de reagirmos, enfim viveríamos melhor se usássemos a ética para direcionar a nossa conduta.
Somos, não raras vezes, agentes ou fontes de discórdias, desequilíbrios, perturbações e nem nos damos conta desse triste fato.
A regra básica para se viver em um grupo, comunidade ou sociedade é respeitar o próximo, mesmo que os seus ideais não sejam os nossos. Mas onde poderíamos encaixar a felicidade nisso tudo?
A felicidade, esse estado de alma, que denuncia o nosso sucesso enquanto seres humanos é a meta almejada por todos nós.
Ninguém nasce ou luta para ser infeliz, pelo contrário, muitos ou todos nós buscamos, cada um a sua maneira, a felicidade em nossas vidas. Mas, por que será que não somos felizes?
O que nos impede de alcançar essa tal felicidade?
Se há algo errado com a nossa vida devemos questionar o nosso interior e buscar as respostas que queremos, sem nos enganar, sendo extremamente francos conosco mesmos.
Ser feliz envolve ética, franqueza, bom censo, dignidade, olhar bom...
Ninguém poderá se eximir diante de suas frustrações.
A vida nos oferece milhares de opções de sermos felizes e o que temos feitos atualmente em nosso favor?
Acordamos toda manhã e dizemos que hoje vamos ser felizes? Ou já acordamos mal-humorados porque temos problemas a resolver?
Alfredo D. Souza por muito tempo acreditou que sua vida só se tornaria vida de verdade após resolver todos os problemas, ao descobrir que o quê tornaria sua vida verdadeira era exatamente os obstáculos, desafios e problemas ,ele percebeu quanto tempo havia perdido.
Somos assim também, esperamos sempre resolver os problemas para começar a viver, esperamos os filhos crescerem, esperamos pagar a última parcela do carnê, esperamos nossa situação financeira melhorar, esperamos o Corinthians vencer o campeonato, esperamos chegar Sexta à noite, esperamos os dias de chuva passar...
A vida não é assim, a vida é tudo isso somado a esperança, ao amor, a ética, a generosidade que deve haver dentro de nós.
Ninguém pode desperdiçar a preciosidade da vida tentando aniquilar os que estão em melhor posição, ou aqueles que não representam nossos sonhos.
Ninguém que deseja ser feliz, pode querer a infelicidade dos outros.
Nos asseverou um dia o Nobre Pescador :"ilumina onde estejas" e não seja a treva, a escuridão, a sombra num mundo onde todos estão aguardado dias melhores.
Se queremos ser felizes, sejamos éticos, respeitando o próximo, sendo franco, pensando antes de falar ou agir e ajudando onde puder, para que a felicidade seja compartilhada com todos que estão ao nosso redor.
As lições para a felicidade estão em torno de nós, dentro de nós e acima de nós, não se faça indiferente diante das oportunidades que lhe são dadas.

Mostre a você mesmo de que lado você está. Não existe meio termo na vida.
Existe o bem e o mal, o sim e o não, a glória e a derrota, então é tempo de despertar e tomar o leme de sua própria vida . Porque você vai onde teus pés te levam e o teu coração te guia.
Pensa que você é a mais bela criatura, que existe para ser feliz e não mais ou menos feliz.
Acorde, pois a batalha pelo teu melhor apenas começou, acredite sempre que dias melhores virão e você é o responsável pela tua vida, tal qual ela é. Seja feliz, já é tempo.

Texto

RECONSTRUINDO O MUNDO
ATRAVÉS DE NOSSA RECONSTRUÇÃO INTERIOR


Alkíndar de Oliveira
(http://www.alkindar.com.br/)


Uma pergunta ao leitor: Entre uma pessoa que pratica o budismo há dez anos e um espírita que abraça o Espiritismo o mesmo período de tempo, qual delas tende a ter mais serenidade e paz interior?
Para que a provável resposta do leitor encontre guarida neste texto, exponho antes um assunto que a substancia.

Os meios de comunicação de todo o mundo têm noticiado constantemente que o Planeta tal qual o conhecemos está sendo destruído, conseqüência da tamanha exploração de seus recursos naturais. Se não preservarmos esses recursos (água, solo, vegetação) estaremos fadados à extinção. Descobrimos que os recursos naturais não são fontes das quais podemos usufruir indiscriminadamente. É preciso que haja maior conscientização e mudança de atitude de nossa parte em relação ao meio ambiente.

Precisamos passar por um processo de reconstrução desse nosso abençoado lar chamado Terra. E esta reconstrução do Planeta só se tornará realidade, se houver mudança na forma de pensar da maioria dos seus habitantes. Como é fato que mudança de pensamento implica em mudança interior, este é o caminho: trabalhar nossa mudança interior. Pois só assim atingiremos a mencionada conscientização, o que nos estimulará e nos obrigará a reconstruirmos nosso Planeta.

É em situação de crise que a oportunidade para nossa transformação interior se faz ainda mais presente. Como a crise mundial aí está, aproveitemo-la.
Este artigo tem por base alguns princípios transmitidos por espíritos superiores, dos quais a ciência já comprova sua existência. Para constatar a comunicação com espíritos e a reencarnação, verdades antigas, registradas até mesmo em passagens bíblicas, você deve se despir de preconceitos, ter “olhos para ver” e ousadia para buscar suas incontestáveis provas. Livros de Allan Kardec e de médiuns renomados internacionalmente como Francisco Cândido Xavier e Divaldo Franco, dentre outros, mostram essa realidade de forma inequívoca. Há também pesquisas atuais significativas sobre comunicação com espíritos, vida após a morte e reencarnação na literatura norte-americana. Por coincidência, o país mais afetado pela crise econômica mundial, que ao mostrar sua fragilidade, tem contribuído sobremaneira para a derrubada do alicerce materialista que tomou conta do mundo.
A Doutrina Espírita não veio para destruir religiões. O catolicismo, o protestantismo e tantas outras, não deixarão de existir quando decidirem ter como substratos o aspecto científico e filosófico do Espiritismo. Pelo contrário, a lógica da reencarnação irá enriquecê-las.

Não obstante, nós espíritas tenhamos a possibilidade do estudo contínuo da profunda literatura provinda dos livros de Allan Kardec, abraçando com ênfase o conhecimento espírita, não estamos fazendo dele a nossa redenção espiritual. Encantamo-nos com o conhecimento, mas, com honrosas exceções, esquecemos da prática. A fraternidade ainda não impera entre os próprios espíritas. Portanto, quem escreve este artigo não provém de um grupo composto de indivíduos espiritualmente desenvolvidos. Mas, sim, de um grupo que tem muito a aprender no quesito “prática” do que estudou e sabe, no entanto, ainda não incorporou esses conhecimentos. Fato que me deixa mais a vontade para escrever, pois faço parte da turma desses “imperfeitos”. Mas que buscam a melhoria pessoal a cada dia!

NOSSA DIFICULDADE EM EVOLUIR

Retornando a pergunta inicial: Entre uma pessoa que pratica o budismo há dez anos e um espírita que abraça o Espiritismo o mesmo período de tempo, qual delas tende a ter mais serenidade e paz interior? Antes de continuar a leitura deste texto, pense um pouco mais para responder.

Pelas experiências que fiz em alguns seminários, é grande a possibilidade de você, caro leitor, ter respondido que o budista é o que conseguiu maior progresso no campo da serenidade e da paz interior. E você está certo.
Mas, por que o budista consegue mais progresso do que o espírita, se o Espiritismo, pelo seu conteúdo ímpar, oferta-nos todos os ingredientes para também crescermos interiormente? A resposta é simples: nós espíritas nos especializamos no conhecimento, enquanto o budista especializou-se em seguir uma metodologia sustentada em atitudes de interiorização por meio da prática da meditação e da atenção plena. Daí o seu progresso. Todo crescimento exige método.
Em termos de conhecimento estamos muito bem. Mas nos falta seguir uma metodologia para vivenciarmos esse conhecimento, nesse ponto estamos ainda muito longe dos budistas. Como reverter esse quadro? É justamente o propósito deste artigo: mostrar uma metodologia altamente eficaz para desenvolvermo-nos interiormente aproveitando da benção que é o conhecimento espírita. Metodologia válida também aos que ainda não abraçaram os princípios espíritas, mas que estão abertos a novos conhecimentos.

UMA METODOLOGIA EVOLUTIVA QUE “CAIU DO CÉU”

A metodologia a que faço referência está no livro Seara Bendita, dos médiuns Wanderley Soares de Oliveira e Maria José de Oliveira e espíritos diversos, Editora Dufaux. Metodologia de caráter excepcional, ditada pelo amoroso espírito Eurípedes Barsanulfo. Disse o eminente educador: “Pugnemos por essa linha transformadora: cérebro instruído, coração sensibilizado, mãos operosas e grupos afetivos.” Essa metodologia concisa, objetiva e riquíssima, deveria ser intensamente divulgada, pois ela é “milagrosa”, sem abuso do termo.
Inseri essa metodologia nos treinamentos empresariais que ministro e obtive resultados surpreendentes. O processo sabiamente descrito pelo espírito Eurípedes Barsulfo pede que se trabalhe quatro itens. Minha dúvida, ao implantar o método, era entender qual seria a sequência ideal das quatro etapas. Por onde começar? Por onde terminar?
A primeira constatação que tive é que o indivíduo que tem o “coração sensibilizado” muito provavelmente já trabalha bem duas questões: “mãos operosas” e “grupos afetivos”. A pessoa sensibilizada, necessariamente, não precisa ter “cérebro instruído” para atingir essas metas. Quantas pessoas simples, com pouco nível de educação escolar, são sensíveis, trabalham em favor do próximo e são afetivas? Muitas, não?
Partindo desse princípio, percebi que o melhor caminho para atingirmos nossa evolução interior, seria primeiramente trabalhar o “coração sensibilizado”, pois a pessoa sensível estaria mais aberta para percorrer as outras etapas do processo. Contudo, o tempo ensinou-me que essa minha dedução era equivocada em termos de resultados efetivos.

O mestre Allan Kardec concluiu em seus estudos que a verdadeira aprendizagem precisa partir do “conhecido para o desconhecido”, pois só assim a pessoa aceita com mais facilidade dar passos diferentes. Desse modo, uma metodologia para ser eficaz precisa partir da valoração do que o educando já sabe.
Colocar como primeiro degrau o “coração sensibilizado” não seria partir do conhecido, mas, sim, do desconhecido. Afinal, pouquíssimas pessoas têm o coração realmente sensibilizado. Então, veio-me a seguinte reflexão: as pessoas constantemente estão em busca de conhecimento, seja para ostentar poder, seja realmente para se instruir, então, concluí que seria necessário começar o processo pelo item “cérebro instruído”. Passei a inserir em meus treinamentos a sequência: cérebro instruído, grupos afetivos, mãos operosas, coração sensibilizado, que se mostrou acertada.

Pude concluir que devemos partir do conhecimento, do estudo - nesse item nós espíritas somos craques –, depois devemos incentivar a interação em equipe, que são os “grupos afetivos”, mas não somente tendo os seus integrantes lendo bons textos e dialogando, mas também abraçando uma atividade prática solidária, por exemplo, a equipe cuidar de crianças carentes (“mãos operosas”) e, então, descobri nessas experiências que o último item (“coração sensibilizado”) não precisa ser trabalhado de forma específica, pois ele é a resultante, ou a feliz consequência, da ação dos três itens anteriores. Em outras palavras, um grupo que valoriza o conhecimento, que convive pacificamente, que faz algo prático e benevolente em conjunto, naturalmente desenvolve a sensibilidade, que é a grande conquista de um espírito em evolução.
Fiquei muito feliz com essa dedução, pois, conforme já sabido, nós espíritas infelizmente estacionamos no primeiro item: cérebro instruído e agora, pelas palavras de Eurípedes Barsanulfo, sentimo-nos impelidos a caminhar para bom convívio entre diversas pessoas (grupos afetivos), tendo um projeto comum sendo trabalhado pela equipe (mãos operosas), e consequentemente, conquistaremos a sensibilização (coração sensibilizado).

UMA FELIZ “COINCIDÊNCIA”

O grande poeta e dramaturgo inglês Willian Shakespeare nos legou uma frase significativa: “Há mais coisas entre o céu e a terra do que imagina nossa vã filosofia”. Usando sua poesia como inspiração, pode-se constatar uma coincidência relativa à metodologia descrita neste texto.
No início deste milênio a Unesco determinou os quatro pilares da educação para o século 21, a saber: aprender a conhecer; aprender a conviver; aprender a fazer; aprender a ser.
Pergunto-lhe, caro leitor:
“Aprender a conhecer” não tem a ver com o “cérebro instruído” que o educador Eurípedes Barsanulfo nos ensinou?
“Aprender a conviver” não tem a ver com “grupos afetivos”?
“Aprender a fazer” não tem a ver com “mãos operosas”?
“Aprender a ser” não tem a ver com “coração sensibilizado”?
Seria simples coincidência?

MAIS UMA FELIZ “COINCIDÊNCIA”

Teremos ainda mais eficácia na aplicação dos quatro passos se, tendo o conhecimento (cérebro instruído), alimentarmo-nos de um profundo “desejo de melhora”.
Um genuíno desejo de melhora nos estimula à convivência (grupos afetivos), e também a aceitarmos o outro, colocando-o em projetos comuns ou incluindo-o em nosso universo (mãos operosas), o que nos trará, como natural consequência, o bem-vindo “coração sensibilizado”. A seqüência “desejo de melhora – interiorização – transformação”, mais á frente desenvolvida, representa outra feliz coincidência, que se enquadra aos quatro itens da metodologia de Eurípedes Barsanulfo e também aos quatro itens da metodologia da Unesco.

OUTRA MEDOTOLOGIA EVOLUTIVA QUE “CAIU DO CÉU”
Caminhos Para Nossa Evolução


O texto a seguir, do espírito Ermance Dufaux, copiado do capítulo 19, do livro Mereça Ser Feliz (Dufaux), tem o mérito de explicitar detalhes de uma metodologia que nos leva a melhor compreensão do que até agora foi mencionado. Motiva-nos a priorizar o “desejo de melhora”, processo que alavanca o nosso desenvolvimento interior. Por fim, este artigo mostra as grandes “coincidências” que nos cercam, apontando um caminho sábio e seguro para a grande reconstrução interior de cada um de nós e, conseqüentemente, a tão sonhada reconstrução de nosso planeta.
Conforme mencionei, a seguir o texto do espírito Ermance Dufaux, com o qual finalizo este artigo:

Alteridade, uma palavra que merece atenção nos programas de educação.
Consideremo-la como sendo a singularidade alheia, o distinto, aquilo que é “outro”, a diferença que marca a personalidade de nosso próximo.
Nas abordagens filosóficas a alteridade tem conotações de rara beleza e profundidade demonstrando a importância da diversidade humana. Entretanto, interessa-nos mais de perto, seu enfoque ético na convivência.
O trato humano com a diferença, da qual o outro é portador, tem sido motivo para variados graus de conflitos e adversidades. Frequentemente, a dificuldade em manter a fraternidade com as diferenças e os diferentes tem ocasionado um lamentável fenômeno comportamental na sociedade; a indiferença. A indiferença é a negação da diferença; o outro não faz diferença nenhuma, é um bloqueio deliberado ou inconsciente ao distinto, àquilo que não é o “eu”. Não havendo disposição ou mesmo possibilidade de compatibilidade entre aptidões ou no terreno do entendimento, adota-se a exclusão efetiva como suposta solução para os embates do relacionamento. Leves agastamentos e decepções arrefecem as expectativas e as frágeis amizades levando muito facilmente as criaturas à mágoa e mesmo ao revanchismo.
Conviver é, de fato, um desafio. A humanidade terrena, nesse início do terceiro milênio, começa a se preocupar em delinear nos seus projetos educacionais a habilidade de “aprender a conviver” como um dos quatro magistrais pilares para todos os conteúdos das escolas do mundo (obs.: os quatro pilares da educação são “aprender a ser”, “aprender a fazer”, “aprender a conhecer” e “aprender a conviver”). Muito relevante essa medida, tomando por base que esse será o milênio do homem interior, em contraposição aos últimos mil anos que fundamentaram a era do homem exterior, o homem das conquistas para fora, sendo agora o momento das conquistas e vitórias íntimas: a era do amor falado, sentido e aplicado.
A indiferença provoca uma quase total ausência de solidariedade nas relações entre os homens. O egoísmo é o responsável por essa calamidade da vida humana, levando ao “esfriamento da sensibilidade” ante tanto desrespeito e violência.

Compreender as etapas da alteridade nos mecanismos afetivos, sob o prisma do progresso espiritual, é fundamental para procedermos a uma auto-avaliação de nossa posição íntima. Delineemos essas etapas do crescimento moral e espiritual em três: primeiro o desejo de melhora, posteriormente a interiorização e finalmente a transformação. Em cada uma dessas vivências dilata-se a consciência para uma concepção mais apurada daqueles que jornadeiam conosco no carreiro das experiências de cada instante. Em cada uma, a singularidade “daquele que é outro” toma uma conotação de conformidade com a maturidade afetiva e moral de cada um.
Antes de assinalarmos as características pertinentes a cada passo, deixemos claro que todo processo de mudança interior obedece a esse espírito de sequência natural. Sem desejo de melhora não existe motivação para quaisquer empreendimentos de renovação. Sem a etapa da interiorização não se deflagra o conhecimento fidedigno do trabalho a ser efetuado na intimidade de si mesmo. E a transformação é o resultado e o objetivo para o qual todos caminhamos na evolução. Esse dinamismo interior é processual e ninguém estagia em uma ou outra etapa separadamente. No entanto, para efeitos didáticos, analisemos o que costuma suceder-se na vida afetiva ao longo dessa caminhada, dentro da relação eu e o outro:

Desejo de melhora
Período em que nos ocupamos pelas ações no bem. Etapa marcada pelo conhecimento espiritual criando conflitos íntimos, impulsionando novos posicionamentos. A necessidade de mudança será proporcional ao nível de maturidade de cada criatura. Nessa fase o outro ainda é uma referência de incômodo, disputa e ameaça, quase um adversário para quem são dirigidas cobranças não suportáveis a si mesmo. Tal estado psicológico instiga o julgamento inflexível através da análise para fora. O principal traço afetivo e a simpatia pelos iguais, aqueles que pensam conforme pensamos, que esposam pontos de vista idênticos. Embora seja um instante de muita “convulsão” na meta de propósitos de vida, é quando o homem se define por uma nova opção de melhora com base na vida futura, na imortalidade e na ascensão. O convite ético de novos conhecimentos espirituais chega-lhe como consolo e também um abalo nas convicções. Mesmo o próximo não sendo ainda respeitado na sua diferença, trata-se do início da morte da indiferença. Apesar de não aceitar os diferentes, já se incomoda com eles, querendo modificá-los: um efetivo sinal de mutação na forma de sentir. Afetivamente não é uma postura ajustada, mas é uma estrada que se abre para superar a tendência de marginalização e impulso para repensarmos a nossa individualidade, até alcançarmos a interiorização.

Interiorização
Se na fase anterior a prioridade era a ação, aqui o aprendiz das questões do espírito volta-se para estudar suas reações íntimas. O conhecimento sai da esfera puramente intelectiva para o campo das reflexões sentidas, motivando a busca de estados mentais de harmonia. O “outro” promove-se à condição de espelho das necessidades de nosso aperfeiçoamento, uma extensão de nós próprios que deflagra o processo educativo; afetivamente toma a conotação daquele que nos leva a novos e mais elevados sentimentos. Esse é o estado psicológico da busca de entendimento e do autoconhecimento, uma análise para dentro. Há uma dilatação da sensibilidade para com a diferença alheia, seguida de mais intensa aceitação, disposição para o perdão e a concórdia. Começa-se assim a compreensão da importância que tem a diversidade de aptidões. O desigual passa a ser visto como alguém importante para o nosso crescimento pessoal. A maleabilidade, a assertividade, a empatia e outras habilidades emocionais passam a ser usadas com mais intensidade. Todas essas posturas sedimentam valores novos no rumo da transformação.

Transformação
Os valores interiorizados atingem o campo dos sentimentos, é a mudança real. O outro é alteridade, distinção; é o estado psicológico do amor em que a diferença do outro passa a ser incondicionalmente aprovada, mais que isso, compreendida com indispensável lição de complementaridade. Nessa etapa aprende-se não só a aceitar os diferentes como se consegue aprender com eles, amá-los na sua maneira de ser. É a etapa da felicidade. O outro jamais poderá ser motivo para decepções e mágoas. Ainda que as tenhamos saberemos como lidar bem com essas emoções. A autonomia e a liberdade não permitem amarras e dependência, opressão e sentimentalismo. Aprende-se o auto-amor e por consequência ama-se sem sofrimento, sem sacrifícios; ama-se porque o amor é preenchedor e isso, definitivamente, basta.
Jesus na Parábola do Semeador, quando fala dos vários terrenos em que foram distribuídas as sementes, deixa-nos um tratado sobre a alteridade e suas etapas. Os solos da narrativa correspondem aos níveis evolutivos em que cada qual dará frutos, conforme suas possibilidades.

O aprendizado da reforma íntima, inevitavelmente, percorre esses degraus de aprimoramento. A análise sincera dos sentimentos que se movimentam na esfera dos corações nessa marcha de crescimento nos permitirá proceder ao conhecimento de si próprio com mais êxito.
Não esqueçamos, em nosso favor, que em qualquer tempo e lugar, diferenças não são defeitos, os diferentes necessariamente não são oponentes, e a indiferença é o recolhimento egoísta do afeto na escura masmorra do desamor. Nossa harmonia é construída no cultivo das virtudes da indulgência, da fraternidade e do acolhimento.
Ação, reação, transformação: caminhos da alteridade.
Morte da indiferença, autoconhecimento, amor: caminhos da felicidade.
Em quaisquer etapas: sempre alteridade na erradicação do personalismo.
Hosanas às diferenças e aos diferentes!

Para saber mais:
Livro Mereça Ser Feliz, médium Wanderley Soares de Oliveira, espírito Ermance Dufaux, Editora Dufaux; Livro Seara Bendita, médiuns Wanderley Soares de Oliveira e Maria José de Oliveira, espíritos diversos, Editora Dufaux.

Artigo

O Espírita e o Carnaval

por Adelvair David

addavid@ig.com.br

Em alto e bom som para todos os ouvidos diz a música... Atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu.

Isto não é bem toda a verdade.

Atrás do trio elétrico vai também uma multidão de invisíveis e bem vivos, são espíritos arroaceiros, desocupados, zombeteiros, inconseqüentes e brincalhões; ainda presos às paixões humanas se aproveitam das festas onde os excessos de toda ordem permitem a exteriorização de comportamentos nada recomendáveis como alcoólicos, fumo, drogas, sexo, violência e outros disparates.

Há quem diga que ali vai apenas para festejar, se alegrar, porém, ninguém há que passando por um lamaçal dele saia sem se sujar.

O ser humano não está isento de paixões inferiores ostensivas ou discretas e estes festejos – se é que se pode definir assim - oferecem sintonia ideal para tê-las estimuladas; se sabe como se entra nestes ambientes conturbados, mas não se sabe como se sai dele; ninguém pode garantir-se em se tratando de tal comportamento; na terra nos nivelamos em humanidade sob os mesmos aspectos morais; uns mais outros menos, mas sofremos todos das mesmas deficiências. Melhor não arriscar.

Conhecedor da realidade nos dois planos da vida, o espírita necessita considerar o alerta de André Luiz: “A verdadeira alegria não foge da temperança”. (1)

(1) Do livro Conduta Espírita, Psicografia de Waldo Vieira.

Texto

O MELHOR PARA FAZER


Se você não consegue evitar a irritação, use o silêncio.Se não aprova o socorro material aos necessitados, não apague a chama da beneficência no coração daqueles que a praticam.Se ainda não sente facilidade para esquecer as faltas alheias, não considere por subserviência a atitude louvável dos irmãos que olvidam o mal, a qualquer instante, em louvor do bem.Se não acredita no valor do diálogo construtivo, em favor dos irmãos ignorantes e infelizes, não menospreze o esforço daqueles que cultivam buscando a libertação dos companheiros ensombrados em desequilíbrio.Se não admite o amparo das entidades humildes, na supressão das dificuldades de espírito e das desarmonias do corpo, enquanto estamos na Terra, não menoscabe o apoio de semelhantes auxiliares que se guiam pelas bênçãos da Natureza.Se não dispõe de recurso apara a cordialidade com todos, não impeça que outros a exemplifiquem, na prática da fraternidade.Se não suporta o clima de intercâmbio com os amigos encarnados ou desencarnados, ainda presos, de certo modo, às trevas de espírito, não subestime o trabalho de quantos se dedicam a reconfortá-los e esclarecê-los.Se não podes abraçar os portadores de opiniões e crenças diversas das suas, não julgue por irresponsabilidade a tarefa respeitável de quantos se aplicam à solidariedade para aproveitamento no bem de todos os obreiros da fé que nos partilhem a convivência e o caminho.Se não sabe unir os irmãos de experiência na sustentação das boas obras, não tenha por bajulação o comportamento daqueles que colaboram na harmonia e no entrosamento de todos os corações para o bem.É natural pense cada um como possa e ninguém deve promover a violência na Obra de Deus, mas, em qualquer tempo e situação, estejamos certos de que muito coopera e auxilia sempre quem trabalha e não atrapalha.


Do livro: Endereços da Paz, Médium: Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito André Luiz.

Texto

Apometria não é Espiritismo
Autor: Divaldo Pereira Franco


O médico carioca residente em Porto Alegre Dr. José Lacerda desde os anos 50, espírita que era então, começou a realizar numa pequena sala do Hospital Espírita de Porto Alegre chamada A Casa do Jardim, atividades mediúnicas normais. Com o tempo ele recebeu instruções dos espíritos e realizou investigações pessoais que desaguaram em um movimento ao qual ele deu o nome de Apometria.Não irei entrar no mérito nem no estudo da apometria porque eu não sou apômetra, eu sou espírita o que posso dizer é que a apometria, segundo os apômetras, não é espiritismo. Porquanto as suas práticas estão em total desacordo com as recomendações de O Livro dos Médiuns.Não examinaremos aqui o mérito ou demérito porque eu não pratico a apometria, mas segundo os livros que tem sido publicados, a apometria, segundo a presunção de alguns, é um passo avançado do movimento Espírita no qual Allan Kardec estaria ultrapassado.Allan Kardec foi a proposta para o século XIX e para parte do século XX e a apometria é o degrau mais evoluído no qual Allan Kardec encontra-se totalmente ultrapassado. Tese com a qual, na condição de espírita, eu não concordo em absoluto.Na prática e nos métodos de libertação dos obsessores a violência que ditos métodos apresenta, a mim, a mim pessoalmente me parecem tão chocantes que fazem recordar-me da lei de Talião que Moises suavizou com o código legal e que Jesus sublimou através do amor.Quando as entidades são rebeldes os doutrinadores depois de realizarem uma contagem cabalística ou de terem o gestual muito específico expulsam pela violência esse espírito para o magma da Terra, a substância ainda em ebulição do nosso planeta.O colocam em cápsulas espaciais e disparam para o mundo da erraticidade. Não iremos examinar a questão esdrúxula desse comportamento, mas se eu, na condição de espírito imperfeito que sou, chegasse desesperado num lugar pedindo misericórdia e apoio na minha loucura, e outrem, o meu próximo, me exilasse para o magma da Terra, para eu experimentar a dureza de um inferno mitológico ou ser desintegrado, eu renegaria àquele Deus que inspirou esse adversário da compaixão.Ou se me mandasse numa cápsula espacial para que fosse expulso da Terra. Com qual autoridade?Quando Jesus disse que o seu reino é dos miseráveis.Na parábola do Festim de Bodas, ele manda buscar os mendigos, aqueles que estão nos lugares escabrosos já que os eleitos recusaram e mataram os seus embaixadores.A Doutrina Espírita centraliza-se no amor e todas essas práticas novas, das mentalizações, das correntes mento-magnéticas, psico-telérgicas para nós espíritas merecem todo respeito, mas não tem nada a ver com espiritismo.Seria o mesmo que as práticas da Terapia de Existências Passadas nós realizarmos dentro da casa espírita ou da cromoterapia ou da cristalterapia, fugindo totalmente da nossa finalidade.A Casa Espírita não é uma clínica alternativa, não é lugar onde toda experiência nova vai colocada em execução.Tenho certeza de que aqueles que adotam esses métodos novos, primeiro, não conhecem as bases Kardequianas e ao conhecerem-nas nunca vivenciaram para terem certeza, seria desmentir todo material revelado pelo mundo espiritual nestes 144 anos de codificação, no Brasil e no mundo, pela mediunidade incomparável de Chico Xavier, as informações que vieram por esse médium impar, pela notável Yvone do Amaral Pereira, por Zilda Gama, por tantos médiuns nobres conhecidos e nobres desconhecidos no seu trabalho de socorro.Então se alguém prefere a apometria, divorcie-se do Espiritismo. É um direito! Mas não misture para não confundir.A nossa tarefa é de iluminar, não é de eliminar.O espírito mau, perverso, cruel é nosso irmão na ignorância.Poderia haver alguém mais cruel do que o jovem Saulo de Tarso? Ele havia assassinado Estevão a pedradas, havia assassinado outros, e foi a Damasco para assassinar Ananias.Jesus não o colocou numa cápsula espacial e disparou para o infinito. Apareceu a ele! Conquistou-o pelo amor: "Saulo, Saulo, por que me persegues?"Pode haver maior ternura nisso?E ele tomado de espanto perguntou: "Que é isto?" "- Eu sou Jesus, aquele a quem persegues". E ele então caiu em sí.Emmanuel usa esta frase: E caindo em si, quer dizer aquela capa do ego cedeu lugar ao encontro com o ser profundo, caindo em si.Ele despertou, e graças a ele nós conhecemos Jesus pela sua palavra, pelas suas lutas, pelo alto preço que pagou, apedrejado várias vezes até ser considerado morto, jogado por detrás dos muros nos lugares do lixo, dos dejetos ele foi resgatado pelos amigos e continuou pregando.Então os espíritos perversos merecem nossa compaixão e não nosso repúdio. Coloquemo-nos no lugar deles. Que sejas como conosco quando nós éramos maus e ainda somos aqui com nós.Basta que alguém nos pise no calcanhar ou nos tome aquilo que supomos que é nosso, para ver como irrompe a nossa tendência violenta e nós nos transformamos de um para outro momento.Não temos nada contra a Apometria, as correntes mento-magnéticas, aquelas outras de nomes muito esdrúxulos e pseudo-científicos. Não temos nada.Mas como espíritas, nós deveremos cuidar da proposta Espírita.E da minha condição de Espírita exercendo a mediunidade a mais de 54 anos, os resultados tem sido todos colhidos da árvore do amor e da caridade.Não entrarei no mérito dos métodos, que são bastante chocantes para a nossa mentalidade espírita, que não admite ritual, gestual, gritaria, nem determinados comportamentos, porque a única força é aquela que vem de dentro.Para esta classe de espíritos são necessários jejum e oração.



Transcrito do programa Presença Espírita da Rádio Boa Nova a partir de palestra de Divaldo Pereira Franco (Agosto/2001).

Somente Hoje - CHICO XAVIER