Artigo

O Espírita e o Carnaval

por Adelvair David

addavid@ig.com.br

Em alto e bom som para todos os ouvidos diz a música... Atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu.

Isto não é bem toda a verdade.

Atrás do trio elétrico vai também uma multidão de invisíveis e bem vivos, são espíritos arroaceiros, desocupados, zombeteiros, inconseqüentes e brincalhões; ainda presos às paixões humanas se aproveitam das festas onde os excessos de toda ordem permitem a exteriorização de comportamentos nada recomendáveis como alcoólicos, fumo, drogas, sexo, violência e outros disparates.

Há quem diga que ali vai apenas para festejar, se alegrar, porém, ninguém há que passando por um lamaçal dele saia sem se sujar.

O ser humano não está isento de paixões inferiores ostensivas ou discretas e estes festejos – se é que se pode definir assim - oferecem sintonia ideal para tê-las estimuladas; se sabe como se entra nestes ambientes conturbados, mas não se sabe como se sai dele; ninguém pode garantir-se em se tratando de tal comportamento; na terra nos nivelamos em humanidade sob os mesmos aspectos morais; uns mais outros menos, mas sofremos todos das mesmas deficiências. Melhor não arriscar.

Conhecedor da realidade nos dois planos da vida, o espírita necessita considerar o alerta de André Luiz: “A verdadeira alegria não foge da temperança”. (1)

(1) Do livro Conduta Espírita, Psicografia de Waldo Vieira.

Somente Hoje - CHICO XAVIER