A TAREFA DOS PAIS

Quando se anuncia a chegada de um novo membro na família, há grande alegria.

Os pais se desdobram em complexos preparativos.

Por ocasião do nascimento, há arroubos de ternura.

A Sabedoria Divina veste os Espíritos que retornam à carne com encantadora roupagem.

Frágeis e graciosos, eles inspiram cuidados e afeto.

É com enternecimento que os pais acompanham o crescimento de seus pequenos rebentos.

Desejosos de que sejam muito felizes, tomam inúmeras providências.

Colocam-nos nas melhores escolas, cuidam de sua saúde, os defendem de tudo e de todos.

É bom e natural que seja assim, pois a tarefa dos pais envolve o cuidado e o preparo de seus filhos para os afazeres da vida.

Entretanto, essa tarefa é muito mais vasta.

Todo bebê que nasce representa um antigo Espírito que retorna ao cenário terrestre.

Como terá de viver em um mundo materializado, ele precisa receber educação formal e todos os demais cuidados que essa circunstância inspira.

Entretanto, como Espírito imortal, não renasce na carne para vencer os outros e brilhar em questões mundanas.

Todo Espírito precisa crescer em intelecto e em moralidade.

No atual estágio da evolução humana, há um certo descompasso entre esses dois aspectos.

A busca pelo bem-estar e mesmo o egoísmo fazem com que a criatura procure modos de viver o melhor possível.

Ao cuidar de seus interesses, ela exercita naturalmente a inteligência.

Entretanto, sob o prisma ético, a evolução costuma ocorrer de forma algo mais vagarosa.

Um contingente muito significativo dos Espíritos demora bastante para sentir o próximo como um semelhante.

Surge tardiamente a compreensão de que o outro também tem sonhos, sofre, chora e merece respeito e amparo.

O aspecto moral é atualmente deveras crítico.

Para as criaturas em geral não falta capacidade de raciocínio.

Falta-lhes retidão de caráter, compaixão e pureza.

Conseqüentemente, a desenvolver tais qualidades é que os pais precisam se dedicar.

Se apenas cuidarem para que os filhos sejam felizes, sob o prisma mundano, falirão em sua tarefa.

Os filhos terão nascido para buscar uma coisa, mas os pais os direcionarão a conquistar outras.
Isso implicará a perda de uma preciosa oportunidade.

Então, é necessário cuidar da instrução formal das crianças e adolescentes.
Mas é primordial ensinar-lhes respeito ao próximo.

Os jovens precisam aprender que a família e os bens dos outros são sagrados.

Que a tolerância é uma virtude preciosa em um mundo cheio de facetas.

Que a consciência tranqüila constitui o maior tesouro que se pode possuir.

Mas, para que a lição não seja hipócrita, os pais devem exemplificar, e não apenas falar.

Ser Feliz

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um não. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo...

Fernando Pessoa

O Milagre do Pão

“O homem pode prepara a terra, cultivar a semente, colher o trigo, produzir a farinha, fazer a massa, levá-la ao fogo e saborear o pão. Mas o milagre da vida, da germinação, do fermento e do fogo, vem de Deus”.

Emmanuel

A Educação Pede Licença

Por Jane Maiolo

A crescente preocupação com os rumos da Educação nos leva, muitas vezes, a pensar em muitas coisas. Coisas perigosas, que na verdade nos deseducam, atordoam e nos deixam com uma raiva danada daqueles que pensam a Educação.
Por quê nós professores e professoras temos que fazer o que os outros pensaram?
Por quê temos que ser tão burocráticos, tão formais e documentados?
A Educação não se resume em conteúdo-assimilação-avaliação. A Educação é muito mais . É patrimônio, é bagagem, é valor. A Educação é participativa.
Nesse caso sabemos que diariamente assinamos um contrato de risco, isso é próprio da nossa profissão. O professor é um ser público e privado que influencia, direciona, oferece oportunidades e promove sucessos e insucessos.
Lidar com muitas individualidades ao mesmo tempo, como faz o professor, requer de nós um equilíbrio muito grande, pois numa mesma sala de aula existem muitas emoções, histórias, conflitos, discussões e comportamentos nem sempre desejáveis. Estamos mediando e canalizando todas essas energias, por isso que digo que ao receber o diploma assinamos também um contrato de risco.
Que nossa sociedade mudou, isso não há dúvidas, que nossa comunidade escolar mudou é conseqüência dessa mesma transformação social, e a nossa metodologia creio eu não sofreu tamanhas alterações. Queremos hoje, em tempos modernos, educar nossos alunos como fomos educados.
Freqüentemente ouvimos as reclamações de professores assustadíssimos que dizem: No meu tempo jamais falaria assim com meu professor, ...No meu tempo o aluno não ficava andando na sala de aula, ...No meu tempo... E as reclamações ganham vultos, os alunos se transformam em quase monstros em tão perdidas observações saudosistas tradicionais, e se ouvirmos um pouco mais de reclamações começamos a acreditar que são os monstros-dicentes que apavoram os professores desprotegidos.
Por isso que digo que não temos que fazer o que os outros pensaram, temos que dar cara, roupa e sapato novo para a Educação e de preferência de grife, pois são as mais aceitas no mercado e na sociedade .Chega de Educação de R$ 1,99.
Temos que fazer a diferença, somos formados para isso, para dizer não, para dizer sim, para mudar, para formar e informar seres humanos. Chega de reproduzir informações, modelos e cidadãos para o mercado de trabalho.
Temos que contribuir, e diga-se de passagem, com afeto e compromisso para que nossos alunos sejam livres, que tenham caráter, que saibam ser patrões e que tenham dignidade em disputar a vida buscando seu crescimento profissional, intelectual e moral.
Não podemos mais escorar na Constituição que diz que a Educação é dever da família. A Educação hoje é dever de todos, pois a família precisa de nós professores para se estruturar, e nós professores precisamos dos filhos da família para exercer nosso brilhante papel de Educadores.
Nossa responsabilidade enquanto profissionais não é apenas a formação de habilidades para as competências, mais de desenvolver inteligências para fazer homens de bem. É preciso dar segurança às nossas crianças que se encontram inseguras e ansiosas.
Nunca nos arrependeremos de termos sidos atores coadjuvantes nesse processo fantástico .
Falamos muito sobre como educar, mas, como professora, não poderia deixar de falar sobre o professor. Se nós cuidamos para o sucesso do aluno, quem cuida do nosso sucesso? Imagino que somos guerreiros solitários que devemos atribuir à nós mesmos nossas glórias e derrotas. Ninguém mais se incomoda com o professor, nossa Classe perdeu a classe, somos mal-remunerados, pouco reconhecidos e pesquisas cruéis mais verdadeiras revelam que 92% dos professores brasileiros estão estressados.
Na Coréia do Sul, os melhores partidos para se casar são professores, pois ganham $6 mil dólares por mês, e no Brasil fala-se que é professor e o pretendente dá no pé. Salvo algumas exceções de maridos e esposas tolerantes, amorosos e persistentes. Ninguém mais acredita que o professor possa sair desse quadro, e digo mais, só cursos de formação continuada e bônus não resolvem e nem elevam nossa auto-estima, existe um componente a mais... que é a valorização salarial do professor, que há muito ficou para traz. Houve um tempo que juizes e professores tinham salários compatíveis. Será que os juizes estão ganhando tão mal como nós?
Aprendemos recentemente que não podemos mais usar a expressão “capacitação” para professor, porque se assim o fizermos acredita-se que até então seríamos incapazes, o mesmo acontece com a expressão “reciclar”, pois só se recicla lixo.
Somos professores e não devemos desistir de lutar por nós mesmos.
Quando digo que não devemos fazer o que os outros pensaram é com a mais pura intenção de que nesse momento histórico que estamos vivendo é preciso arregaçar as mangas e ter coragem para negar toda forma de alienação, opressão e subjugação. É hora de retomar nossa identidade e mostrar que somos sim, professores brilhantes e fascinantes .Ter criticidade e discernimento para resgatar o nosso papel é fundamento básico nessa busca.
Queremos copiar a economia do primeiro mundo e no entanto não modificamos a estrutura educacional do nosso país. A quem estamos servindo? Qual a real intenção da nossa Educação? Que tipo de homens estamos formando? É preciso questionar tudo isso.
Será que existe uma cúpula que pensa a Educação, que cerceia nossos pensamentos e limita nossa liberdade?
Se pretendemos adotar modelos de países de primeiro mundo temos que investir na Educação como fazem esses países. Não dá mais para ficar formando mão de obra barata para esses países, temos que ter ambições também. Não somos abelhas operárias que nascem operárias e morrem operárias. Somos criaturas em ascensão na hierarquia humana e podemos mudar nossas vidas se assim o desejar.
Gandhi é lembrado mundialmente pela sua técnica de resistência não-violenta, muitas vezes foi preso, surrado e exilado porque tinha um ideal, nós professores e professoras deveremos marcar nossa trajetória com algo também grandioso.
Que nossas preocupações com a Educação sejam de caráter humano sem esquecer que há um mundo imenso para ser vivido e sentido. Devemos nos permitir integrar, interagir e modificar esse mundo.
Para não mais fazer o que os outros pensaram, pense você qual o melhor jeito de educar, já que esse é seu papel, professor!!!

Jane Maiolo, é professora da Rede Municipal
de Ensino de Jales. Formada em Letras pela
Unijales e pós-graduanda em Psicopedagogia
pela Fundação Educacional de Fernandópolis.
E-mail: janemaiolo@bol.com.br

DEUS NA NATUREZA

A cada novo dia a natureza nos oferece espetáculos de belezas sem fim...
Quem já não contemplou a maravilha de uma gota de orvalho a brilhar, refletindo a luz do sol?

Uma simples teia de aranha e sua engenharia perfeita...A relva verde... o andar desengonçado de um joão-de-barro, logo ao amanhecer...Uma folha seca bailando no ar prenunciando o inverno...O céu de anil com suaves pinceladas brancas como se fossem nuvens de algodão.

O entardecer, quando o sol se despede deixando rastros em vários tons dourados como se fosse ouro derretido, levemente espalhado por mãos invisíveis...A lua cheia refletida num lago, parecendo um grande espelho líquido...A cantoria do vento na folhagem das árvores, qual suave melodia, convidando a sonhar...O olhar de um cão solitário, pedindo companhia...O balançar do salgueiro, lembrando mãos distendidas nas margens dos rios e lagos, como a protegê-los...O ir e vir das ondas, acariciando a areia quente das praias como querendo amenizar o calor...O cheiro do mato, após a chuva...A água cristalina dos rios que correm por entre as montanhas, como se fossem veias transportando a vida.O sorriso inocente na face da criança, pedindo amparo e proteção.As pegadas do lavrador nas estradas poeirentas que conduzem ao eito...O galopar do cavalo evidenciando sua liberdade...O abrir e fechar das asas da borboleta sobre a flor, a andorinha fazendo acrobacias no ar, a garça solitária à espreita do alimento.O abraço afetuoso de um amigo. O rosto sulcado do ancião, que não teme a velhice por saber que ela não alcança o Espírito. As mãos calejadas do trabalhador...A noite bordada de estrelas a nos mostrar a grandeza do Universo infinito...Uma gota d'água na pétala de uma rosa, refletindo outras tantas rosas...O tamborilar da chuva no telhado... A goteira a cantar na calha...A araucária secular, com seus galhos esparramados, debulhando as pinhas para saciar com seus frutos a fome dos pássaros.O cricrilar do grilo, o coaxar da rã, o piar da coruja fazendo-se anunciar na noite silenciosa.O som melodioso extraído do teclado por mãos habilidosas.A harmonia das cores nos canteiros floridos das ruas e praças...O dia, que a cada amanhecer renova o convite para que vivamos em harmonia, imitando a natureza.Essas e outras tantas belezas são a presença discreta de Deus na natureza que nos cerca, dizendo-nos que também somos Suas criaturas e que fazemos parte desse Universo maravilhoso, e que, acima de tudo, somos herdeiros desse mesmo Universo, como filhos do Criador que somos todos nós.


* * *

“A contemplação da natureza oferece ao homem incontestavelmente, inefáveis encantos. Na organização dos seres descobre-se o incessante movimento dos átomos que os compõem, tanto quanto a permuta constante e operante entre todas as coisas.Justa é a nossa admiração por tudo o que vive na superfície da Terra”.

Equipe de Redação do Momento Espírita, cujo pensamento final foi extraído do livro Deus na natureza, de Camille Flammarion, ed. FEB.


O Direito à Prosperidade



Muito mais do que uma sociedade tecnológica, a sociedade do século XXI continua sendo uma sociedade de consumo.
Mas esse padrão comportamental em escala global é, sobretudo, reflexo dos valores que o mundo abraça. Vivemos, sem sombra de dúvida, num mundo materialista (embora 95% da população diga acreditar em Deus).
Numa análise acelerada do espiritualismo, que se antepõe ao materialismo, pode-se erroneamente concluir que os espiritualistas negam o dinheiro, dispensam a prosperidade e amam a pobreza.
A questão é mais profunda.
Por reconhecer que as coisas do mundo são efêmeras, passageiras, e que não trazem a felicidade que a propaganda promete - embora produzam conforto - os espiritualistas não fazem da prosperidade material uma prioridade.
Eis uma história que ilustra docemente essa maneira de pensar:


Um norte-americano, visitando o Egito, chegou à casa de um reconhecido sábio e se surpreendeu com a falta de mobília: apenas havia uma cama, um cabideiro, uma escrivaninha e uns poucos utensílios.
- Onde estão as suas coisas? Indagou o visitante.
- E onde estão as suas? Respondeu o sábio.
- Ah, sorriu o americano, é que eu estou de passagem.
- Eu também, concluiu o sábio.
Os bens materiais são voláteis, não nos pertencem, porque eles, como nós, também estão aqui de passagem. Eis a compreensão espiritualista.
Entretanto, isso não quer dizer que neguemos o progresso, o desenvolvimento econômico e a prosperidade. Muito pelo contrário, o resultado de uma vida plena também se reflete nas conquistas materiais.
Você tem, sim, o direito de prosperar, de ter um bom automóvel, se de fato precisar dele, de ter uma boa casa, uma boa escola para os filhos, dinheiro para o lazer e uma poupança para garantir as épocas difíceis – que sempre virão como também passarão.
É que, considerando o ponto de vista espiritual, acumular bens, especialmente em detrimento da paz e do amor, é, na verdade, acumular problemas.
Simplicidade, despojamento, vida sem ostentação, liberdade e generosidade, são coisas muito mais importantes para quem anseia pela construção de uma civilização fundamentada em valores espirituais. A riqueza da alma é, de fato, a única que nunca se perde, esgota ou termina.
Paz no coração, filho, não tem preço.
Pra terminar, lembro de Gandhi, em Londres, sorrindo diante da vitrine de uma joalheria. O lorde que o acompanhava perguntou-lhe se desejava alguma das jóias, com a qual sua majestade folgaria em presenteá-lo.
- Não, não, disse o Mahatma, apenas estou rindo das coisas que não preciso mais.
Prospere, sem medo de ser feliz, tendo sempre na lembrança que só somos verdadeiramente donos daquilo que soubermos compartilhar.

"Quer saber o tamanho da sua riqueza? Faça uma lista das coisas que você tem e que o dinheiro não pode comprar."

A Família


Você já parou algum dia para pensar como funciona uma colméia? Já se deu conta de que nela tudo é ordem, disciplina, preocupação pelo todo?


A colméia é formada por células de cera, que se contam aos milhares. Em algumas dessas células existem ovos ou larvas de abelha. Outras servem como depósitos de pólen e de mel. Essas são os favos de mel.


Numa colméia podem existir até 70 mil abelhas, que exercem diferentes funções.


As operárias são as que alimentam as larvas, cuidam da colméia, trazem comida para todos os habitantes da comunidade. Elas começam como faxineiras, limpando as células onde estão os ovos. Depois produzem a geléia real que serve para alimentar as abelhas mais jovens e a rainha.


Também trabalham como babás alimentando as abelhinhas mais crescidas com pólen e mel.


Com dez dias de vida elas se tornam construtoras. Começam a produzir cera, que lhes permite construir e remendar as células da colméia.


A rainha tem como tarefa botar ovos, dos quais sairão as operárias, os zangões e as novas rainhas. No verão chega a botar em um só dia 1.500 ovos.


O zangão, desde que nasce, tem por tarefa a procriação com a rainha. Depois morre.
Tudo na colméia reflete ordem, equilíbrio.


As operárias são também as que saem da colméia para buscar a matéria prima de que necessitam. Estranhamente, elas nunca se enganam no caminho de volta para casa, para onde retornam com sua preciosa carga.


Embora sua vida seja curta, de cinco semanas apenas, elas não se cansam de trabalhar, sem cansaço, pelo bem-estar de toda a equipe.


Podemos pensar na família como uma colméia racional. Cada um tem sua tarefa a cumprir, visando o crescimento da pequena coletividade, como exige o lar.


E todos são importantes no desempenho do grupo doméstico.


É no seio da família, na intimidade do lar, que se vão descobrir operárias incansáveis, trabalhando sem cessar, não se importando consigo mesmas. Em constante processo de doação.


É na família que se aprende a transformar o fel das dificuldades, as amarguras das incompreensões no mel das atenções e do entendimento.


É ali que se exercita a cooperação. Afinal, como a família é uma comunidade, há necessidade de ajuda mútua.


Quando a família enfrenta as dificuldades com união, cresce e supera problemas considerados insolúveis.


Para que a família progrida no todo, cada um deve se conscientizar de sua tarefa e realizá-la com alegria.


É por este motivo que as crianças devem ser incentivadas, desde cedo, a pequenas tarefas no lar.
Retirar os pratos da mesa, lavar a louça, aquecer a mamadeira do menorzinho.


Renúncia a um pequeno lazer para satisfazer o outro. Nem que seja somente a satisfação da companhia ou de um diálogo amistoso.


Se na colméia familiar reinar o amor, conseguiremos com certeza ter elementos para uma atuação segura, verdadeiramente cristã, junto à família maior, na imensa colméia do mundo.


***


A família é abençoada escola de educação moral e espiritual. É oficina santificante onde se burilam caracteres. É laboratório superior em que se refinam ideais.



Equipe de Redação do Momento Espírita, com base na revista Mini-monstros, editora Globo, Nº 19964 e no livro Rosângela, cap. A colméia, Editora Fráter livros Espíritas.

Como contar Histórias?

HISTÓRIA. s.f. 1. Narração metódica dos fatos notáveis ocorridos na vida dos povos,em particular,e na vida da humanidade, em geral.
2.Conjunto de conhecimentos adquiridos através da tradição e /ou por meio dos documentos ,relativos à evolução,ao passado da humanidade.
8. Narração de fatos,acontecimentos ou particularidades relativas a um determinado assunto. 9.Conto,narração,narrativa.10.Enredo,trama,fábula.
( Fonte: Dicionário Aurélio)


Muitos julgam facílimo contar uma história. Puro engano. São poucos os bons contadores de histórias. Vejamos estas sugestões:

Nunca conte uma história que não interessa ao nível da classe.

É muito importante que as crianças estejam fisicamente bem próximas ao evangelizador, se possível, dispostas em semicírculo, para sentirem-se próximas mentalmente.

Nunca quebrar a narração para chamar a atenção de alguma criança.

Conhecer bem a história a ser narrada. O evangelizador que ler a história pouco antes da aula não está apto a narrá-la.

Planejar a apresentação da história antes de conta-la, treinando antes a seqüência dos fatos, ligando os a apresentação das gravuras ou cartazes a serem utilizados durante a narrativa.

Verificar se a história contém passagens que necessitem de anterior explicação. Caso exista, simplificar ao máximo, passando a sua necessária explicação.

Verificar se a história ainda não é de conhecimento das crianças. O prévio conhecimento diminuiria muito o interesse.

Não ponha ênfase em pormenores sem importância. Além de cansar, tiraria o valor das partes principais.

Contar com naturalidade, usando uma linguagem simples e correta. A linguagem deve estar à altura do entendimento das crianças.

10-) Modular a voz, encarando os ouvintes, sem fixar-se em nenhum.
11-) Nunca interrompa a narrativa, e conte a história com velocidade crescente
12-) Verificar se as crianças estão bem acomodadas. Acúmulo de crianças tende a quebrar o interesse.
13-) Fale sempre em tom agradável, nem depressa e nem devagar .
14-) Evite comentários inúteis, pois cansam as crianças.
15-) Evite balbuciência (hesitação e timidez).
16-) Evite tartareio: “tá” por está, “né” por não é, “ocê” por você.
17-) Evite cacoetes: dizer sempre ao fim da frase... Não é? Certo? Entende? Compreende? Aliás... etc.

Etapas de como contar histórias

1-) Incentivo inicial: nunca entremos diretamente no início da história.
Através de conversações, gravuras, vários tipos de material didático, perguntas e outros recursos, aguçamos a curiosidade e o interesse da criança com relação a ouvir e conhecer a história.
2-) Apresentação de expressões e passagens desconhecidas das crianças, devem ser explicadas anteriormente, afim de que não haja incompreensão durante a narração.
3-) Apresentação da história – ao ouvir, as crianças devem estar em semicírculo, se possível.
4-) Comentário da história – marcar bem a passagem principal, passando a fixar o objetivo da história, relativo ao tema.

Característica do bom contador de Histórias:

a) Conhecer o enredo seguramente, evitando quebras de atenção e desconfiança por parte das crianças.
b) Confiar em si mesmo, preparando convenientemente.
c) Não ser afetado, narrar com toda naturalidade.
d) Não ter gestos bruscos, movimentando-se tranqüilamente.
e) Evitar tiques, estribilhos e cacoetes afim de não distrair a atenção das crianças.
f) Atender a todos com igualdade.
g) Tom de voz agradável e não cansativa.
h) Sentir o que conta, permanecendo atento aos fatos.


(Fonte: Evangelização Infantil Volume 1 – Mariluz Valadão Vieira – Editora Aliança – 1988)

PEDAGOGIA ESPÍRITA

A Associação Brasileira de Pedagogia Espírita marcou para os dias 7, 8 e 9 de novembro, em São Paulo, a realização do 3o Congresso Brasileiro de Pedagogia Espírita.
O evento reunirá conhecidos nomes do movimento espírita, dentre os quais Dora Incontri, Alessandro Cesar Bigheto, Júlio Peres, Ney Lobo e Regis de Morais.
Também participará o pedagogo polonês Przemyslaw Grzybowski. A programação girará em torno do tema “Um projeto de inclusão integral. Ensinar tudo a todos”, estando a abertura prevista para as 19h45min da sexta-feira. O evento ocorrerá no Teatro Paulo Autran, que fica no Campus da Uni Ítalo, Avenida João Dias, 2.046, no bairro Santo Amaro.
Informações sobre inscrições, apresentação de trabalhos, currículo dos expositores e hospedagem, na página www.pedagogiaespirita.org.br; ou pelo telefone (11) 4032-8515 ou correio eletrônico abpe@uol.com.br.

Frase para Reflexão

Os homens semeiam na terra o que colherão na vida espiritual: os frutos da sua coragem ou da sua fraqueza.

Allan Kardec

Problemas do Amor

"Que vosso amor cresça cada vez mais no pleno conhecimento e em todo o discernimento." -
Paulo (FILIPENSES, 1:9.)



O amor é a força divina do Universo.

É imprescindível, porém, muita vigilância para que não a desviemos na justa aplicação.

Quando um homem se devota, de maneira absoluta, aos seus cofres perecíveis, essa energia, no coração dele, denomina-se "avareza"; quando se atormenta, de modo exclusivo, pela defesa do que possui, julgando-se o centro da vida, no lugar em que se encontra, essa mesma força converte-se nele em "egoísmo"; quando só vê motivos para louvar o que representa, o que sente e o que faz, com manifesto desrespeito pelos valores alheios, o sentimento que predomina em sua órbita chama-se "inveja".

Paulo, escrevendo a amorosa comunidade filipense, formula indicação de elevado alcance.

Assegura que "o amor deve crescer, cada vez mais, no conhecimento e no discernimento, a fim de que o aprendiz possa aprovar as coisas que são excelentes.

"Instruamo-nos, pois, para conhecer.

Eduquemo-nos para discernir.

Cultura intelectual e aprimoramento moral são imperativos da vida, possibilitando-nos a manifestação do amor, no império da sublimação que nos aproxima de Deus.

Atendamos ao conselho apostólico e cresçamos em valores espirituais para a eternidade, porque muitas vezes, o nosso amor é simplesmente querer e tão-somente com o "querer" é possível desfigurar, impensadamente, os mais belos quadros da vida.

Emmanuel

A Origem da Filosofia

(do Livro Convite à Filosofia-Marilena Chauí)

A palavra filosofia.
A palavra filosofia é grega. É composta por duas outras: philo e sophia.
Philo deriva-se de philia, que significa amizade, amor fraterno, respeito entre os iguais.
Sophia quer dizer sabedoria e dela vem a palavra sophos, sábio.
Filosofia significa, portanto, amizade pela sabedoria, amor e respeito pelo saber.
Filósofo: o que ama a sabedoria, tem amizade pelo saber, deseja saber.
Assim, filosofia indica um estado de espírito, o da pessoa que ama, isto é, deseja o conhecimento, o estima, o procura e o respeita.
Atribui-se ao filósofo grego Pitágoras de Samos (que viveu no século V antes de Cristo) a invenção da palavra filosofia.
Pitágoras teria afirmado que a sabedoria plena e completa pertence aos deuses, mas que os homens podem desejá-la ou amá-la, tornando-se filósofos.
Dizia Pitágoras que três tipos de pessoas compareciam aos jogos olímpicos (a festa mais importante da Grécia):
As que iam para comerciar durante os jogos, ali
estando apenas para servir aos seus próprios interesses e sem preocupação com as disputas e os torneios;
As que iam para competir, isto é, os atletas e artistas (pois,durante os jogos também havia competições artísticas: dança, poesia, música, teatro);
E as que iam para contemplar os jogos e torneios, para avaliar o desempenho e julgar o valor dos que ali se apresentavam.
Esse terceiro tipo de pessoa, dizia Pitágoras, é como o filósofo.
Com isso, Pitágoras queria dizer que o filósofo não é movido por interesses comerciais - não coloca o saber como propriedade sua, como uma coisa para ser comprada e vendida no mercado;
Também não é movido pelo desejo de competir - não faz das idéias e dos conhecimentos uma habilidade para vencer
competidores ou “atletas intelectuais”;
Mas é movido pelo desejo de observar, contemplar, julgar e avaliar as coisas, as ações, a vida: em resumo, pelo desejo de saber.
A verdade não pertence a ninguém, ela é o que buscamos e que está diante de nós para ser contemplada e vista, se tivermos olhos (do espírito) para vê -la.

Mais de 50 mil pessoas assistem ao filme “Bezerra de Menezes” em três dias de exibição

Os números do primeiro final de semana de exibições do filme “Bezerra de Menezes: o Diário de um Espírito” em todo o país apontam para um excelente desempenho em bilheteria. Segundo dados da Fox Filmes, mais de 50 mil pessoas estiveram presentes nas 44 salas de cinema de todo o país para acompanhar o longa-metragem cearense. Somente em Fortaleza, mais de três mil pessoas foram às salas de cinema do UCI Ribeiro do Shopping Iguatemi e no North Shopping. Apesar das sessões extras promovidas no Rio de Janeiro para atender à demanda de público, o recorde coube à cidade de Brasília, com cinco mil espectadores em três dias. “Bezerra de Menezes: o Diário de um Espírito” estreou na última sexta-feira, dia 29 de agosto.

O filme “Bezerra de Menezes: o Diário de um Espírito" conta a história do médico e humanista cearense Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti (o “Médico dos Pobres” nasceu em 1831, na localidade de Riacho do Sangue, hoje, município de Jaguaretama, no interior do Ceará, e faleceu em abril de 1900, no Rio de Janeiro). O longa é uma realização da ONG Estação da Luz, com produção da Trio Filmes e distribuição da Fox Filmes. Com um orçamento de aproximadamente R$ 2,7 milhões, a direção é dos cineastas Glauber Filho e Joe Pimentel e traz no elenco atores de renome nacional, como Carlos Vereza, Lúcio Mauro e Caio Blat e um casting de atores cearenses, como Magno Oliveira, Lucas Ribeiro e B. de Paiva, entre outros. O filme teve locações em cidades como Fortaleza, Guaramiranga e Maranguape, no Ceará, além de cenas gravadas em Recife e no Rio de Janeiro.

Serviço:“Bezerra de Menezes: o Diário de um Espírito”EM CARTAZLocal e horários em Fortaleza; Multiplex UCI-Ribeiro do Shopping Iguatemi (14h30; 16h25; 18h30; 20h30; 22h30; com sessão às 12h30 sábado e domingo) e North Shopping (14h; 15h50; 17h40; 19h30; 21h20)
Mais informações para a Imprensa sobre o assunto com a AD2M Engenharia de Comunicação, pelo fone (85) 3258.1001 com Mauro Costa ou com Isabelle Bento.Jornalista Responsável: Mauro Costa (CE 01035 JP) .

O Livro dos Espíritos


"Por que não ensinaram os Espíritos, em todos os tempos, o que ensinam hoje? Não ensinais às crianças o que ensinais aos adultos e não dais ao recém-nascido um alimento que ele não possa digerir. Cada coisa tem seu tempo. Eles ensinaram muitas coisas que os homens não compreenderam ou adulteraram, mas que podem compreender agora. Com seus ensinos, embora incompletos, prepararam o terreno para receber a semente que vai frutificar."

- Item 801

Seguir Adiante - Texto


É natural: quando uma grande dor se abate sobre nós, a tendência é ficar paralisado, encolhido.

Parece que tudo pára. O ar fica pesado e a melancolia, em toda parte, faz os ponteiros dos relógios se arrastarem. No coração, solidão, medo, angústia, sofrimento.

Nessa hora, a maioria de nós tem vontade de deixar todas as coisas de lado, de dormir, esquecer, desaparecer.

Mas a vida prossegue. E reclama de nós uma atitude: é preciso continuar.

O estômago pede comida, o corpo se revela com sede, a família precisa ser sustentada. Tudo segue normalmente.

Mas, como prosseguir quando nada parece ter sentido? Se um enorme vazio toma conta de todas as coisas?

Antes de tudo é preciso ter consciência de que há outras pessoas que dependem de nós, seja fisicamente ou emocionalmente.

Filhos, mulher, marido, pais, irmãos, amigos. Toda essa multidão sofre junto conosco. E, por amor a eles, é preciso lutar para superar o que nos magoa.

Se um filho morre, há outros que ficam. E esses aguardam gestos de amor, cuidados, sorrisos.
E, se não há outros filhos, há outros parentes, há amigos que nos querem bem.

Se perdemos algo, mesmo que seja muito importante, mesmo que seja o trabalho de toda uma vida, é a hora de buscar novos horizontes, novas oportunidades, novos olhares.

O mundo está cheio de descobertas à nossa espera.

Mas, para isso é preciso estar aberto ao mundo, com os braços prontos para abraçar as belezas que a vida oferece.

É preciso saber que não somos solitários no sofrimento. A dor que nos fere também vitima milhões de outras pessoas.

Cada um carrega a sua dor. Muitas vezes em segredo. Muitas vezes sem ninguém com quem compartilhar.

Apesar da dor, o Mundo continua a girar, tudo segue seu ritmo normal. E de nada adianta desejar que tudo pare para nos assistir chorar. Ou para nos consolar.

Temos dentro de nós uma força imensa para resistir a tudo, para suportar todas as provas. É algo que vem de Deus.

Jesus nos ensinou que Deus não dá provas superiores às nossas forças. Sim, pois Deus pôs em nosso coração a fortaleza que nos reergue.

É o espírito de luta que surge quando estamos abatidos. É a força que, de repente, toma conta da alma e nos faz sorrir de novo.

É um presente de Deus. Aproveite. Essa energia está viva na sua alma. Agita-se como um pássaro e espera que você a liberte.

Como alcançá-la em nossa intimidade e despertá-la?

Não há segredo e todos, sem exceção, podem conseguir. Chama-se oração.

Deixe seu coração falar com Deus. Abra-Lhe sua intimidade. Confesse-Lhe suas amarguras, ansiedades, tristezas.

E tenha certeza. Ele, o amor infinito e a misericórdia plena, não vai deixá-lo sem respostas.

A afirmativa é de Jesus, ao dizer que o Pai não dá pedras ao filho que pede pão.

Confie. Dê-se essa oportunidade de fé, com ela buscando fortalecer suas esperanças, renovar seu ânimo para o bem, consolidar sua coragem para retomar a caminhada, conquistar forças para prosseguir com destemor.

Faça isso por você, mas, principalmente pelos seus afetos. Eles precisam muito de você.

Lembre-se que Jesus cantou o hino da esperança e do consolo para a Humanidade, com seus ditos e feitos, e avisou-nos, afirmando: Eu sou o caminho, a verdade e a vida.

Venham a mim todos os que estão cansados pelas lutas do mundo e eu os aliviarei.

Pense nisso.


Redação do Momento Espírita.

Geraldo Guimarães na Região

Geraldo Guimarães desenvolve palestras e seminários espíritas por todo Brasil. É um dos responsáveis pelas programações doutrinárias do lar Fabiano de Cristo, do Rio de Janeiro.
Divulga a Doutrina Espírita pela imprensa escrita, rádio e televisão, e é vinculado ao Grupo Espírita “Caminho da Esperança”, instituição do RJ, e casado com Ana Jaicy Guimarães.
É um dos coordenadores do programa espírita de televisão, "Despertar de Um Mundo Melhor", patrocinado pelo Lar Fabiano de Cristo e pela CAPEMI, exibido na TV Educativa do Rio de Janeiro para todo o Brasil, durante uma hora, todos os domingos, de 07:00 às 08:00 h da manhã. Faz palestras há mais de 45 anos, desde a juventude, em todo o Brasil e no exterior.

Agora, Geraldo Guimarães estará em nossa Região.

Confira a agenda e programe-se:


12/09 Palestra em Santa Fé - C.E. Anália Franco - 20h15
13/09 Seminário Esp. Jales - G.U.E.C.E. - 14h30
13/09 Palestra em Palmeira d´Oeste C.E. Fé, Amor e Caridade - 20h00
14/09 Seminário em Marinópolis - 9h ao 12h00
14/09 Palestra Esp. Jales no Maria Dolores - 19h30
Para mais informações ligue:
0**17 3632-9983 (Jane).

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